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Teatro do Zero recupera a «Sementinha» de Alves Redol 

A mais recente produção do Teatro do Zero, baseada na obra literária A Vida Mágica da Sementinha, de Alves Redol, estreia a 8 de Fevereiro no Museu do Neo-Realismo, em Vila Franca de Xira.

Créditos / ielt.fcsh.unl.pt/

Uma Sementinha Cheia de Histórias, assim se designa a peça que o Teatro do Zero apresenta no próximo sábado, pelas 15h30. Dirigido ao público infanto-juvenil, o trabalho baseado na obra de Alves Redol é interpretado pelos actores Filipa Silva, Rita Paizinho e José Teles, que é também o encenador. 

A estreia integra a programação complementar à exposição «Raízes de uma colecção: Alves Redol e (seus) ilustradores», patente desde o passado mês de Novembro no Museu do Neo-Realismo, a propósito do 80.º aniversário de Gaibéus, primeiro romance de Alves Redol, e dos 50 anos da morte do escritor neo-realista (29 de Novembro de 1969). 

A exposição mostra ilustrações que foram acompanhando a sua obra, da autoria de artistas como Antero Ferreira, Júlio Pomar, Lima de Freitas, Rogério Ribeiro ou Manuel Ribeiro de Pavia, podendo ser observados também retratos de Alves Redol em vários suportes.

Após a apresentação da peça, o Museu do Neo-Realismo anuncia a realização de uma actividade lúdico-educativa que consiste na criação de uma sementeira, pelas 16h15, seguindo-se uma visita guiada à exposição, pela curadora Luísa Duarte Santos. Todas as iniciativas são de entrada livre, devendo as inscrições ser feitas através dos contactos do museu. 

Literatura de cunho político

Nascido em Vila Franca de Xira, a 29 de Dezembro de 1911, Alves Redol foi criado no Ribatejo. 

Fruto da sua convivência com as péssimas condições de vida das camadas rurais, Redol centrou a sua acção na luta antifascista e fez da literatura uma forma de intervenção social.

Entre a diversidade da sua obra – que abrange romance, contos, teatro, ensaios e literatura infantil – destacam-se aspectos como as desigualdades entre as classes, as condições de vida precárias dos pobres e o sofrimento do povo.

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