As incursões das forças militares ocupantes começaram ontem à noite na aldeia de al-Judeira, perto de Jerusalém, onde foram detidas duas crianças, de 11 e 12 anos, revela a agência Ma'an. No Norte da Cisjordânia, em Qalqiliya e na região de Jenin, foram presos mais dois jovens, e em Hebron, três.
Outros três jovens, com idades compreendidas entre os 18 e os 23 anos, foram detidos, de madrugada, no campo de refugiados de al-Duheisha, perto de Belém. Testemunhas disseram à Ma'an que as tropas israelitas lançaram gás lacrimogéneo e uma «chuva» de balas de aço revestidas de borracha sobre o campo, entrando em várias casas depois de deitarem as portas abaixo. Registaram-se fortes confrontos entre os palestinianos e as forças ocupantes.
As incursões nocturnas das forças militares israelitas em cidades, aldeias e campos de refugiados na Margem Ocidental ocupada, incluindo Jerusalém Oriental, ocorrem a um ritmo quase diário. O ano passado, as Nações Unidas registaram uma média de 95 operações de busca e captura por semana nos territórios ocupados da Palestina.
Palestiniano morto a sudeste de Belém
Também na Margem Ocidental ocupada, um palestiniano foi morto a tiro, no cruzamento entre a aldeia de Tuqu e o colonato de Maale Amos, uns 12 km a sudeste de Belém. As tropas israelitas acusaram-no de se ter lançado com a sua viatura contra os militares, deixando um soldado ligeiramente ferido.
Fontes militares israelitas, referidas pela Ma'an, afirmaram que o alegado atacante, identificado como Ibrahim Jibril, foi «neutralizado» e «tratado pelo Exército israelita no local, antes de ser dado como morto». De acordo com testemunhas, as ambulâncias do Crescente Vermelho foram impedidas de aceder ao local.
De acordo com os dados coligidos pela Ma'an, Jibril é o 37.º palestiniano a ser morto por israelitas em 2017. No mesmo período, oito israelitas foram mortos por palestinianos.
Recentemente, a 30 de Junho, um palestiniano foi morto numa incursão nocturna em Hebron. Na sexta-feira passada, dia 7, faleceu um bebé de 18 meses, depois de, há dois meses (19 de Maio), ter inalado gás lacrimogéneo lançado pelas tropas israelitas na aldeia de Abud, perto de Ramallah.
Desde Outubro de 2015, quando teve início aquilo que ficou conhecido como a «Intifada de Jerusalém», os israelitas mataram mais de 320 palestinianos, segundo indica o Palestinian Information Center.
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