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Trabalhadores da Saúde no Reino Unido lutam por melhores salários

Centenas de funcionários hospitalares na região de Merseyside fizeram greve esta segunda-feira, estando anunciadas mais paralisações ao longo da semana.

Funcionários de apoio em unidades hospitalares de Merseyside, Noroeste de Inglaterra, em greve esta segunda-feira, 25 de Setembro 
Créditos / @NorthWestUNISON

Foi a terceira greve em defesa de aumentos salariais num período de 15 dias, no contexto de um conflicto que tem vindo em crescendo.

Numa mensagem associada à jornada de luta desta segunda-feira, o sindicato Unison – um dos mais representativos do Reino Unido – avisou as entidades patronais que «têm de pagar» e que «os trabalhadores não se vão embora».

As greves realizadas envolveram mais de 500 funcionários de apoio clínico, filiados no sindicato, que trabalham em diversas unidades do Hospital Universitário de Wirral, no Noroeste de Inglaterra.

Foram convocadas novas paralisações para amanhã e sexta-feira, com os trabalhadores a denunciarem o facto de, ao longo dos anos, terem assumido de forma regular responsabilidades acima da sua tabela salarial, e a exigirem ser compensados por isso.

Assim, a organização sindical tem tentado negociar com a administração aumentos salariais com efeitos retroactivos a Abril de 2018.

Segundo revela o Unison, citado pelo periódico Morning Star, a administração da unidade hospitalar, integrada no NHS (serviço público de saúde), aceitou efectuar actualizações salariais a médicos e especialistas «sem limite de tempo».

«Nalguns casos, houve actualizações de dezenas de milhares de libras, respeitantes a uma década ou mais», afirma o sindicato, sublinhando que «apenas quer justiça e coerência» para os funcionários de apoio hospitalar nas unidades de saúde de Arrowe Park e Clatterbridge.

Igualmente na região de Merseyside, foi anunciada uma paralisação de 49 horas entre a próxima quinta-feira e sábado nas unidades hospitalares de Warrington e Halton.

Também aqui os funcionários de apoio hospitalar exigem ser compensados pelo que «receberam a menos» ao longo dos anos, denunciando que «desempenharam funções e tarefas bem acima da sua tabela salarial».

Num comunicado, o Unison estima que cada trabalhador auferiu 2000 libras a menos por ano, tendo em conta as funções que desempenhou.

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