Venezuela denuncia na Unicef utilização de crianças nos protestos

A Venezuela denunciou junto do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) a utilização de crianças e adolescentes nas acções violentas que os grupos de extrema-direita executam há mais de 50 dias.

O governo venezuelano afirma que a oposição está a pôr em causa o direito à infância e à adolescência
Créditos / panorama.com.ve

A informação foi divulgada, esta quinta-feira, pelo vice-ministro dos Negócios Estrangeiros para Temas Multilaterais, Rubén Darío Molina, num contacto telefónico com o programa «Direitos Humanos em Revolução», transmitido pela Rádio Miraflores, revelam a Prensa Latina e a TeleSur.

Rubén Darío Molina explicou que «foram entregues provas testemunhais, fotográficas e audiovisuais» de crianças e adolescentes «a preparar bombas Molotov e a atirar objectos contundentes nos protestos violentos convocados pela direita» – que tiveram início a 4 de Abril último –, «com todas as consequências daí decorrentes».

«Esta quinta-feira, a Venezuela entregou uma queixa junto da Unicef, mostrando como grupos extremistas da oposição usam meninos, meninas e adolescentes nas suas acções de ódio, nesta espiral de violência que se prolonga há mais de 50 dias», disse Molina desde Nova Iorque.

O vice-ministro afirmou que entregou cópias da queixa à chefe de gabinete do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU); ao gabinete do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos; ao secretário-geral do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD); bem como aos 195 países-membros da ONU – «para que saibam o que se está a passar na Venezuela».

Ao mesmo tempo, Darío Molina lamentou que as situações já denunciadas – «que violam os direitos à infância e à adolescência» – nunca tenham merecido «uma condenação directa da parte das organizações internacionais». Nem sequer se pronunciaram quando «apresentámos uma queixa na sequência do ataque terrorista a um hospital materno-infantil, em Caracas, por grupos extremistas da oposição», criticou.

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