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Foram menos os açorianos a confiar em Vasco Cordeiro

PS vence as eleições legislativas regionais dos Açores mas perde votos e um mandato. PSD regista um dos piores resultados de sempre. CDU, BE e CDS-PP sobem em percentagem e número de votos.

Vasco Cordeiro
Vasco CordeiroCréditos / Rádio Atlântida

Os resultados revelam o desconforto dos açorianos com o PS e a descrença no PSD, partidos que perdem em percentagem, votos e mandatos.

O PS, apesar de segurar a maioria absoluta, conseguiu 46,43% (43.266 votos) contra 48,98% (52.793 votos), em 2012, enquanto o PSD obteve 30,89% (28.790 votos) contra 32,98% (35.550 votos) há quatro anos.

O secretário-geral do PS, António Costa, recusou aceitar a perda. Recordou que esta é a quinta vitória consecutiva do PS nos Açores e frisou o «orgulho» na governação de Vasco Cordeiro. Já Passos Coelho reconheceu que «não é uma noite de festa eleitoral» para o PSD.

A CDU passou de 1,8%, registado nas eleições de 2012, para 2,6%. O aumento de votos mais significativo aconteceu no circulo eleitoral  das Flores, ilha onde elegeu João Paulo Valadão Corvelo, tendo sido a força política mais votada. Mas também nas ilhas Terceira e São Jorge se registou um crescimento em número de votos e percentagem eleitoral, e no Pico, Corvo e Santa Maria em percentagem eleitoral.

Em relação ao acto eleitoral de 2012, o CDS-PP e o BE ganham um mandato cada, o PPM mantém o que tinha. A Assembleia Legislativa dos Açores constitui-se agora por 30 deputados do PS, 19 do PSD, quatro do CDS-PP, dois do BE, um do PCP e outro do PPM.

Na intervenção a partir da sede do partido, em Lisboa, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, afirmou que o resultado da coligação PCP-PEV assegura condições para «continuar a trabalhar pelo direito ao trabalho, pela valorização e afirmação da produção regional». Acerca da maioria absoluta alcançada pelo Partido Socialista, acredita que resulta de uma acção de mistificação sobre a verdadeira situação económica e social resultantes de duas décadas de governação do PS.

Jerónimo de Sousa defendeu ainda que a perda da maioria permitiria «abrir outras perspectivas de resposta aos problemas dos açorianos», dando como exemplo o período de 1996 a 2000, onde «a ausência dessa maioria permitiu, com a contribuição decisiva do PCP, aquisições como o acréscimo ao salário mínimo regional ou o adicional às pensões de reforma que ainda hoje perduram».

A maior percentagem da noite foi apontada à abstenção que atingiu 59,16%, valor que compara com os 52, 13% observados há quatro anos. O secretário-geral comunista atribuiu a subida da abstenção à «desilusão» dos eleitores pela ausência de respostas aos seus problemas e pela sistemática repetição de promessas eleitorais que não se cumprem.  

Manipulação do símbolo da CDU 

O dia ficou marcado pela queixa apresentada pela CDU à Comissão Nacional de Eleições (CNE) devido à manipulação do símbolo da coligação nos boletins eleitorais. 

À agência Lusa, o coordenador regional da CDU nos Açores, Aníbal Pires, explicou que o símbolo foi diminuído «mais de um terço do seu tamanho», o que para «alguns eleitores gera confusão, dado que há outro partido (PCTP/MRPP) que apresenta no seu símbolo também a foice e o martelo».

O texto da queixa descreve que «o símbolo inscrito no boletim de voto não corresponde ao símbolo oficial registado no Tribunal Constitucional e apresenta muito piores condições de legibilidade e identificação da candidatura concorrente».

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