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«Para viver a cidade temos que ter mobilidade»

Para contestar a «completa degradação» dos serviços públicos de transporte, centenas de pessoas desfilaram ao final da tarde de ontem, em Lisboa, e aprovaram a moção «Trabalhadores e Utentes exigem respostas urgentes!», que será entregue ao Governo.

Utentes e trabalhadores responsabilizam o último executivo pela degradação dos transportes públicos
Utentes e trabalhadores responsabilizam o último executivo pela degradação dos transportes públicos Créditos

Organizada pela Comissão de Utentes dos Transportes Públicos de Lisboa, a Federação de Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS) e a União dos Sindicatos de Lisboa, a iniciativa que começou junto à estação do comboio do Cais do Sodré, seguiu depois pela Rua do Alecrim até ao Largo de Camões.

Mais e melhores acessibilidades, mais carruagens nas linhas do Metropolitano e um passe escolar para os estudantes são algumas das reivindicações manifestadas pelos utentes que, tal como os trabalhadores, batem o pé à privatização do sector público de transportes.

José Manuel Oliveira, coordenador da FECTRANS, denuncia a falta de trabalhadores, designadamente de maquinistas, um factor que, a par do desinvestimento na manutenção do material circulante (comboios autocarros e navios), concorre para o «avançado estado de degradação do serviço prestado às populações.»

Pela voz dos utentes, Cecília Sales, da comissão que os representa, recordou os elevados tempos de espera que muitas vezes enfrentam os utilizadores dos serviços públicos de transportes, particularmente do Metropolitano, bem como a supressão e encurtamento de carreiras.

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Cecília Sales alerta que o Metropolitano era uma rede eficiente e agora está num estado de degradação. «Às vezes em quatro acessos de uma estação funciona só um, há escadas rolantes avariadas e os postos de informação das estações são encerrados», denuncia.

«Transporte no privado, o utente é roubado», «para viver a cidade temos que ter mobilidade» e «transporte público sim, privatização não», foram algumas das palavras de ordem que os manifestantes inscreveram em cartazes.

Trabalhadores e utentes acusam o governo do PSD e do CDS-PP de ter deixado degradar o serviço público de transportes com o objectivo de o privatizar, e exigem medidas urgentes ao actual executivo.

«Com a nossa luta travámos os processos de privatização, mas queremos respostas urgentes que acabem com os tempos de espera excessivos, com os preços abusivos, com a degradação da qualidade, da fiabilidade e da segurança», reiteram os trabalhadores.

Estas e outras denúncias fazem parte da moção «Trabalhadores e Utentes exigem respostas urgentes!», aprovada por unanimidade pelos manifestantes e que será entregue ao Governo.

Estiveram presentes na iniciativa delegações do PCP e do Bloco de Esquerda. João Ferreira, vereador da CDU, em declarações à Lusa, destacou a «grande importância do protesto», que juntou «dois importantes movimentos: dos trabalhadores das empresas dos transportes públicos – que nos últimos anos sofreram um ataque sem par que levou à degradação das próprias empresas, das condições de trabalho, mas também do serviço prestado – e o movimento dos utentes dos transportes públicos».

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