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Trabalhadores da Silopor voltam à greve

Esta quarta-feira, os trabalhadores da Silopor voltam a parar para exigir a integração de precários nos quadros da empresa, a valorização dos salários e a revisão do Acordo do Empresa.

Silos da Silopor na Trafaria, Almada 
Créditos / agriculturaemar

O Sindicato do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN) chama a atenção para o facto de que nos últimos anos, excepto em 2023, «ano em que foi possível negociar a revisão das tabelas salariais, os trabalhadores da Silopor acumularam perda de poder de compra e desvalorização profissional, apesar dos resultados, sucessivamente, muito positivos da empresa, sendo previsível que 2023 tenha sido o melhor ano de sempre».

Nesse sentido, os trabalhadores da Silopor, para além da integração no quadro dos mais de 20 trabalhadores de empresas de trabalho temporário, alguns dos quais a prestar serviço diariamente na Silopor desde 2019, reivindicam a revisão do Acordo de Empresa, nomeadamente em relação às carreiras profissionais. Por outro lado, exigem a valorização dos salários, não aceitando as limitações impostas pelo Ministério das Finanças e Comissão Liquidatária.

Esta greve de 24 horas dos trabalhadores da Silopor, conforme anuncia o CESP, conta com a solidariedade da secretária-geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha, que marcará presença no piquete de greve da Trafaria, às 8h30. A partir das 14h30, os trabalhadores deslocar-se-ão até ao Ministério das Finanças, em Lisboa.

A Silopor está em liquidação desde o ano 2000, por imposição da União Europeia. Apesar de ser uma empresa fundamental para a alimentação nacional, com silos em Santarém, Trafaria e Beato (Lisboa), o então primeiro-ministro socialista, António Guterres, mandou encerrar a Silopor e privatizar o serviço de descarga e armazenamento de cereais.

Entretanto, o processo de privatização da empresa não correu como era esperado. O concurso público arrancou em 2011. Em 2014, o Ministério das Finanças do governo PSD/CDS adjudicou a concessão da Silopor à ETE (Empresa de Tráfego e Estiva), «negócio» que, segundo os governantes, deveria render 40 milhões de euros ao Estado, mas que acabaria por ser anulado devido à falta de pagamento da caução.

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