«A confrontação com a República Popular Democrática da Coreia (Norte), prolongada pelo partido conservador [sul-coreano], deve terminar, e as forças da nossa nação devem unir-se para abrir uma nova era de reunificação», lê-se numa coluna de opinião no diário norte-coreano Rodong Sinmun.
A República da Coreia (Sul) realiza na terça-feira eleições presidenciais antecipadas, após a destituição, em Dezembro passado, de Park Geun-hye, envolvida num escândalo de corrupção. Um dos seus assessores é suspeito de ter canalizado donativos de vários conglomerados industriais (como a Samsung ou a Hyundai) para duas fundações da presidente Park. O candidato Moon Jae-in do Partido Democrático é dado como favorito, o que, a acontecer, pôe fim a uma década de governos conservadores, período durante o qual a tensão entre Norte e Sul se agravou.
«A relação entre o Norte e o Sul deteriorou-se paulatinamente na última década» com a associação do partido conservador sul-coreano aos Estados Unidos, escreveu o jornal. O risco de uma guerra nuclear «cresce dia após dia» por culpa do partido conservador, responsável por «intensificar a tensão» na região, acrescentou.
As presidenciais na República da Coreia têm lugar num clima de tensão na Península, intensificado após as movimentações militares dos EUA. Após os bombardeamentos na Síria e no Afeganistão, a Força Aérea norte-americana vem realizando testes de mísseis balísticos intercontinentais, com capacidade de atingir a Coreia com ogivas nucleares.
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