A greve, por aumentos salariais justos e dignos, começou às 16h de 27 de Abril na DS Smith Paper, uma empresa britânica com uma unidade de produção fabril de papel em Viana do Castelo. A adesão quase total à acção de lutaprovocou a paralisação total de «uma das maiores fábricas» desta empresa, o que provocou reacções violentas por parte do patronato.
«Em vez de abrir um espaço de negociação, para a concretização das reivindicações», a administração, que em 2023 anunciou um investimento plurianual de 145 milhões de euros em melhorias tecnológicas na fábrica, comprovando a existência de condições financeiras para garantir melhores salários, «resolveu chamar a GNR, que se prontificou a defender as posições patronais».
Em comunicado, a empresa lamentou que os seus trabalhadores «tenham optado por uma acção colectiva».
A polícia «identificou todos os trabalhadores que integraram o piquete de greve, num total de 35, admoestados por tentarem impedir que os trabalhadores das empresas prestadoras de serviços fossem usados para pôr em causa o direito à greve». Num vídeo divulgado pela Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal/CGTP), os trabalhadores sentam-se no meio da estrada, quando a polícia os tenta empurrar para fora do caminho.
«A força policial não venceu a força da razão dos trabalhadores», nem mesmo destacando várias patrulhas e tendo, de reserva, o pelotão de intervenção. No dia 8 de Maio começa um novo ciclo de luta, que se prolongará até ao final do dia 11.
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