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Falta de negociação e política do salário mínimo motivam greve na Nobre

Numa «empresa certificada, com recurso a tecnologia de ponta e altos padrões de qualidade alimentar», vigora a «política do salário mínimo como retribuição única e generalizada», denuncia o Sintab.

Greve de trabalhadores da Nobre (imagem de arquivo) 
Greve de trabalhadores da Nobre (imagem de arquivo) Créditos

Em nota de imprensa, o Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (Sintab/CGTP-IN) informa que a decisão de avançar para a greve, na próxima segunda-feira, foi tomada nos plenários realizados a 24 de Novembro.

Explica ainda que a medida decidida pelos trabalhadores na unidade de Rio Maior da Nobre Alimentação «resulta da insistência na falta de vontade da empresa para negociar o caderno reivindicativo», assim como da «política de salário mínimo nacional como retribuição única e generalizada» que ali é imposta.

Trata-se da sétima greve dos funcionários da Nobre, revela a organização sindical, sublinhando que, no sector das carnes, «os patrões, desde há anos, negaram aos seus trabalhadores o direito a uma contratação colectiva», fazendo-a caducar por denúncia própria e contando com a conivência do Ministério do Emprego.

Devido à «falta de condições atractivas de trabalho» e à «inexistência de formação para a área, que é específica», nota ainda o texto, o sector tem assentado no recurso «quase total à mão-de-obra estrangeira, sob contratos precários».

Junto às instalações, haverá um piquete de greve, que contará com a presença de dirigentes da CGTP-IN, informa a estrutura sindical, tal como o faz o Sindicato Nacional da Indústria Alimentar (STIAC/CGTP-IN) num outro comunicado.

No documento, esta organização sindical precisa que as reivindicações dos trabalhadores da Nobre passam pela negociação de um contrato colectivo para o sector das carnes, pelo fim da precariedade, a progressão na carreira ou o direito ao gozo, por todos os trabalhadores, de 25 dias úteis de férias.

Exigindo melhores condições de trabalho e um salário mínimo na empresa de 910 euros em Janeiro de 2024, o STIAC aponta ainda, entre outras reivindicações, a actualização do subsídio de alimentação para sete euros diários e a regularização dos horários de trabalho para as 35 horas semanais.

Greve na Izidoro, no Montijo

As reivindicações elencadas na Nobre e outras – como o direito ao dia aniversário ou de filho até 12 anos e diuturnidades para todos os trabalhadores – são igualmente feitas pelos funcionários da Izidoro (Grupo Montalva), que também decidiram avançar para a greve, no próximo dia 11.

A jornada de luta, informa o STIAC, compreende uma concentração junto às instalações da empresa, no Montijo, a partir das 9h30, onde estará o piquete de greve, contando com a presença de um dirigente da CGTP-IN.

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