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Protesto dos trabalhadores durou duas semanas

Greve na Panpor dá frutos

Os trabalhadores da Panpor, em greve parcial de 8 a 20 de Janeiro, conseguiram ver reconhecidas as suas reivindicações pela administração, nomeadamente os aumentos salariais e a questão da meia hora de refeição.

Créditos / Pixabay

Os trabalhadores da fábrica de Rio Maior, no distrito de Santarém, estiveram em greve durante duas semanas, uma decisão que, afirmaram à altura, ter sido forçada pela administração uma vez que esta se mostrava «irredutível quanto à aplicação de algumas reivindicações apresentadas». A adesão à greve rondou os 90%.

Em causa estava o tempo laborado sem remuneração, além das oito horas de trabalho diário, incluindo a meia hora de refeição imposta pela empresa, a qual, afirmam os trabalhadores, «não é verdadeiramente tempo de refeição, mas sim tempo de trabalho».

Em declarações ao AbrilAbril, Rui Matias, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (SINTAB/CGTP-IN), reiterou que os «objectivos [da greve] foram plenamente conseguidos».

A administração, pela primeira vez, «demonstrou abertura ao diálogo e vontade para discutir a nossa carta reivindicativa para 2018», afirmou Rui Matias, que apontou as propostas «positivas» da administração, feitas ontem, para que «grande parte dos trabalhadores veja essa meia hora introduzida no seu horário de trabalho».

Segundo o dirigente do SINTAB, os restantes trabalhadores com turnos de menor dimensão não ficaram esquecidos e as negociações para que «venham a ser abrangidos ainda em 2018» continuarão. 

Da paralisação resultou ainda um acordo relativo ao «subsídio do frio», para os trabalhadores das arcas frigoríficas, e os aumentos salariais feitos pela administração, no inicío do protesto, «como tentativa de demover a greve».

Os aumentos consistem na fixação do salário mínimo na fábrica em 600 euros, o que representa para alguns dos funcionários «um aumento de 40 a 50 euros», bem como um aumento salarial para todos os trabalhadores de 20 euros.

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