|Recapitalização da Caixa Geral de Depósitos

Populações lutam contra o encerramento de agências da CGD

Depois do anúncio de encerramento de agências da Caixa Geral de Depósitos (CGD) em vários locais do País, as populações manifestam-se pela manutenção do serviço. Na última sexta-feira foi a vez de Almeida.

População de Almeida concentrada na Praça da República, contra o encerramento do balcão da CGD. 24 de Março
Créditos / AbrilAbril

Foi anunciado que, com o plano de reestruturação da CGD, a administração conta encerrar cerca de 200 agências espalhadas pelo País.

Depois de se confirmarem os rumores que davam para breve o encerramento da agência de Almeida (distrito da Guarda), a Junta de Freguesia e a população desta vila decidiram manifestar-se. A população concentrou-se em protesto na passada sexta-feira, na Praça da República, e está a ser dinamizado um abaixo-assinado.

Num comunicado publicado, a Junta de Freguesia afirma que «esta é uma situação que se reveste de especial gravidade, tendo em conta os serviços que ao longo dos últimos anos têm abandonado a sede do concelho, com as inevitáveis e nefastas consequências para os seus habitantes».

A Junta de Freguesia lembra que a CGD, «enquanto entidade bancária da esfera pública, tem obrigações próprias perante o país e as regiões mais desfavorecidas» e sublinha que, «apesar de todos desejarmos uma Caixa forte, dinâmica e saudável, exigimos que não se reja pelos mesmos princípios do lucro a qualquer custo, apanágio da banca privada». Acrescenta que a CGD não pode isentar-se das suas obrigações sociais de apoio às populações e ao desenvolvimento económico dos locais onde se encontra instalada.

Num abaixo-assinado dirigido ao Presidente da República, ao presidente da Assembleia da República, ao primeiro-ministro, aos presidentes dos Grupos Parlamentares e ao presidente do Conselho de Administração da CGD, a população exige a manutenção da agência da CGD em Almeida.

Nos vários argumentos expostos no abaixo-assinado, está o facto de estar a ser retirado mais um serviço a esta população; a consideração de que a economia e o desenvolvimento da vila ficariam gravemente afetados; a dificuldade da população mais idosa e com fraca mobilidade em gerir as suas reformas e poupanças; o facto dos organismos públicos que ainda subsistem na sede de Concelho e os seus utentes trabalharem quase exclusivamente com a CGD.

Tem ocorrido nos últimos dias acções de protesto das populações, com centenas de participantes, contra o encerramento de balcões. Acções organizadas, seja por órgão autarquicos, seja pelo PCP e a CDU, como são exemplo Canha (Montijo), Lavradio (Barreiro), Sobreda (Almada) ou Teixoso (Covilhã).


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