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Enfermeiros alertam para falta de qualidade e segurança nas urgências de Leiria

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses diz que a exaustão dos profissionais, provocada pela falta de pessoal, leva à falta de segurança e de qualidade nos cuidados prestados nas urgências de Leiria. 

Em dia de greve convocada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP/CGTP-IN), uma centena de enfermeiros da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) realizou uma concentração em frente à instituição, em Lisboa, para exigir o cumprimento da progressão salarial em função da avaliação e desempenho. 17 de Janeiro de 2023 
Créditos / SEP Lisboa

Em declarações à agência Lusa, o coordenador da direcção regional de Leiria do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP/CGTP-IN), Ivo Gomes, disse que não é possível dar respostas adequadas, tendo em conta a «situação caótica que se vive no serviço de urgência» do hospital de Leiria da Unidade Local de Saúde da Região de Leiria (ULSRL).

Segundo o responsável, verifica-se uma acumulação de doentes sem a adequada dotação das equipas de enfermagem. «Temos alertado as chefias e o conselho de administração para esta situação. Os utentes ficam internados numa maca na urgência com uma luz 24 horas sobre si. Não há qualquer qualidade nos cuidados prestados», denunciou.

O enfermeiro apontou ainda que os profissionais «estão exaustos e em burnout», pois acumulam horas extra, solução que o dirigente afirmou ser encontrada pelo conselho de administração da ULSRL para resolver a falta de enfermeiros.

Segundo o delegado sindical, já foram cumpridas mais de três mil horas extra. A equipa da urgência é constituída por cerca de 130 enfermeiros, mas o sindicato defende que seriam necessários, pelo menos, mais vinte profissionais.

«A área de influência aumentou, mas o número de enfermeiros não», lamentou Ivo Gomes, acrescentando que, com  o excesso de turnos extra, os enfermeiros ficam com a sua cédula em risco. «Já faltam enfermeiros há algum tempo, há colegas a reformarem-se e continuamos a ter mais de 100 enfermeiros precários. Precisamos que sejam realizados vínculos definitivos», reforçou o dirigente.

Em reunião com o SEP, no dia 10, os enfermeiros do Serviço de Urgência (SU) de Leiria decidiram elaborar um documento, «onde estarão elencadas as questões problemáticas e as devidas sugestões para as resolver», com a finalidade de o apresentar ao Conselho de Administração, estabelecendo um prazo para a resolução dos problemas. 

«O SEP reitera que esta degradação consecutiva das condições de trabalho e o desprezo institucional pela carreira dos enfermeiros têm consequências desastrosas na organização dos serviços de saúde, com particular gravidade no SU», referiu a organização sindical, num comunicado.

Entretanto, o sindicato continua a aguardar resposta do Conselho de Administração ao pedido de reunião enviado no passado dia 28 de Março. 


Com agência Lusa

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