|Paleontologia

Novos fósseis de dinossauros descobertos perto do cabo Espichel

A descoberta de fósseis de dinossauros próximo ao Cabo Espichel foi prevista há dois anos pelo paleontólogo que conduz a investigação no local. Uma nova espécie de pequeno dinossauro foi identificada.

Investigadores orientados pelo paleontólogo Silvério Figueiredo, que se encontram a desenvolver trabalho de campo na zona do Cabo Espichel, em Sesimbra, acreditam que é possível encontrar ovos de dinossauro naquele local, à semelhança do que aconteceu na Lourinhã. Sesimbra, 8 de Julho de 2021 
As escarpas do Cabo Espichel conservam vestígios de dinossauros pré-históricos CréditosJosé Sena Goulão / LUSA

Novos fósseis de dinossauros herbívoros foram descobertos a cerca de dois quilómetros a norte do cabo Espichel, incluindo a que poderá ser uma nova espécie de dinossauro saurópode, informou em comunicado, na passada sexta-feira, o Centro Português de Geo-História e Pré-História (CPGP).

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Na defesa das pegadas de dinossauro de Ourém–Torres Novas

Petição pública, dinamizada pelo professor António Galopim de Carvalho, exige a criação de um projecto científico, pedagógico, lúdico e turístico para as pegadas de Ourém–Torres Novas.

O Monumento Natural das Pegadas de Dinossáuro de Ourém–Torres Novas contém cerca 400 pegadas de grandes saurópodes, muitas delas bem conservadas e organizadas em 20 trilhos. 
Créditos / DR

Situado no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, o Monumento Natural das Pegadas de Dinossáurios de Ourém–Torres Novas contém um importante espólio fóssil do período Jurássico, incluindo pegadas dinossauros saurópodes, alguns dos maiores seres vivos que alguma vez existiram no planeta.

A petição, que pretende alcançar as 7500 assinaturas necessárias para a levar à discussão na Assembleia da República, solicita a criação de «um projecto para este espaço, envolvendo, em especial, as componentes científica, pedagógica, lúdica e turística de superior qualidade, a nível internacional».

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Pegada de dinossauro com 154 milhões de anos descoberta na Figueira da Foz

O fóssil considerado pelos especialistas como «excepcional» foi encontrado por mero acaso, na sequência de trabalhos de movimentação de terras na encosta sul da Serra da Boa Viagem.

Fóssil de pegada de dinossauro com 154 milhões de anos descoberto na encosta sul da serra da Boa Viagem, na Figueira da Foz, 15 Julho 2021
CréditosJosé Luís Sousa / Agência Lusa

A pedra com o fóssil de 35 centímetros nela encastrado foi descoberta junto à estrada anexa ao terreno, e chegou ao conhecimento dos geólogos por Eduardo Leitão.

Vanda Faria dos Santos, investigadora do Departamento de Geologia (Instituto D. Luiz) da Universidade de Lisboa e especialista em pegadas de dinossauro, sublinha o «reconhecimento» da comunidade científica para com quem encontrou o fóssil, uma vez que «não foi egoísta e teve interesse em partilhá-lo e torná-lo público».

Os proprietários do terreno não se opuseram à presença dos investigadores e ao transporte da pedra para o Museu Municipal da Figueira da Foz, onde, em breve, estará em exposição.

Sobre a pegada fossilizada, onde são visíveis três garras, Vanda Santos observa que «o facto de ser bastante mais comprida do que larga, leva a pensar num [dinossauro] carnívoro», do período do Jurássico Superior.

Na altura, há 154 milhões de anos, o que hoje é a encosta da serra da Boa Viagem virada para a Figueira da Foz, seria, segundo os especialistas, os meandros de cursos de água que atravessavam aquele local, o delta de um rio com vários canais, por onde os dinossauros se passeavam junto às margens.

Questionado pela Lusa sobre a zona em causa, o geólogo Pedro Callapez, do Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Coimbra (UC), explica que então «só existia um bocadito do Atlântico Norte», oceano que se começou a formar há 215 milhões de anos.

O geólogo da UC, que é mestre em Geociências e doutorado em Paleontologia, aponta o fóssil «singular, que não se encontra todos os dias» da pegada de dinossauro, destacando-lhe a relevância científica, patrimonial, lúdico-turística e educativa.

A pegada agora encontrada sucede a várias outras descobertas naquela região, nomeadamente identificadas na zona do Cabo Mondego, para onde está prevista a constituição do chamado Geopark do Atlântico.

Vanda Santos recorda o trabalho «pioneiro», ali desenvolvido, no final do século XIX e início do século XX, por Jacinto Pedro Gomes, que permitiu que os fósseis encontrados fossem colocados no Museu Geológico de Lisboa, situação que a autarquia da Figueira da Foz pretende ver revertida.


Com agência Lusa

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Nas suas redes sociais, o professor António Galopim de Carvalho, professor jubilado e director emérito do Museu Nacional de História Natural da Universidade de Lisboa, realça a «raridade e o significado geológico e paleontológico desta jazida do Jurássico, com cerca 275 milhões de anos».

São «cerca de 400 pegadas de grandes saurópodes, muitas delas bem conservadas e organizadas em 20 trilhos, tendo dois deles mais de 140 metros. A estas excepcionais características, acresce «a grandiosidade e espectacularidade da jazida, no topo de uma única camada de calcário com 62 500 m2 de superfície».

Consideram os subscritores que aquela zona dispõe de uma extensa área envolvente, susceptível de «comportar diversos equipamentos complementares». «Na posse de um património com tais potencialidades, Portugal pode e deve dar-lhe o tratamento que se impõe». A petição recolheu, até ao momento, 2900 assinaturas.

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A instituição explica que foi encontrado um conjunto de fósseis de dinossauros saurópodes, datados do Cretácico Inferior (cerca de 129 milhões de anos), em várias camadas na base de uma formação geológica.

Os restos pertencem a diferentes indivíduos de dinossauros saurópodes (gigantescos dinossauros, de pescoço e cauda compridos), com a maioria a pertencer a saurópodes do grupo do titanossauros, que era muito diversificado durante o Cretácico.

O CPGP destaca no comunicado o achado de «duas vértebras em conexão anatómica de um pequeno indivíduo», que poderão «pertencer a uma nova espécie destes dinossauros, um novo dinossauro de dimensões pequenas», comparativamente aos «seus parentes gigantescos».

Estes dinossauros terão vivido nas proximidades de um ambiente lagunar no litoral, frequentado por diferentes espécies de vertebrados (crocodilos, pterossauros, tartarugas e outros dinossauros), que usaram a região como habitat ou como zona de passagem entre áreas de alimentação, segundo o CPGP.

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Pegada de dinossauro com 154 milhões de anos descoberta na Figueira da Foz

O fóssil considerado pelos especialistas como «excepcional» foi encontrado por mero acaso, na sequência de trabalhos de movimentação de terras na encosta sul da Serra da Boa Viagem.

Fóssil de pegada de dinossauro com 154 milhões de anos descoberto na encosta sul da serra da Boa Viagem, na Figueira da Foz, 15 Julho 2021
CréditosJosé Luís Sousa / Agência Lusa

A pedra com o fóssil de 35 centímetros nela encastrado foi descoberta junto à estrada anexa ao terreno, e chegou ao conhecimento dos geólogos por Eduardo Leitão.

Vanda Faria dos Santos, investigadora do Departamento de Geologia (Instituto D. Luiz) da Universidade de Lisboa e especialista em pegadas de dinossauro, sublinha o «reconhecimento» da comunidade científica para com quem encontrou o fóssil, uma vez que «não foi egoísta e teve interesse em partilhá-lo e torná-lo público».

Os proprietários do terreno não se opuseram à presença dos investigadores e ao transporte da pedra para o Museu Municipal da Figueira da Foz, onde, em breve, estará em exposição.

Sobre a pegada fossilizada, onde são visíveis três garras, Vanda Santos observa que «o facto de ser bastante mais comprida do que larga, leva a pensar num [dinossauro] carnívoro», do período do Jurássico Superior.

Na altura, há 154 milhões de anos, o que hoje é a encosta da serra da Boa Viagem virada para a Figueira da Foz, seria, segundo os especialistas, os meandros de cursos de água que atravessavam aquele local, o delta de um rio com vários canais, por onde os dinossauros se passeavam junto às margens.

Questionado pela Lusa sobre a zona em causa, o geólogo Pedro Callapez, do Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Coimbra (UC), explica que então «só existia um bocadito do Atlântico Norte», oceano que se começou a formar há 215 milhões de anos.

O geólogo da UC, que é mestre em Geociências e doutorado em Paleontologia, aponta o fóssil «singular, que não se encontra todos os dias» da pegada de dinossauro, destacando-lhe a relevância científica, patrimonial, lúdico-turística e educativa.

A pegada agora encontrada sucede a várias outras descobertas naquela região, nomeadamente identificadas na zona do Cabo Mondego, para onde está prevista a constituição do chamado Geopark do Atlântico.

Vanda Santos recorda o trabalho «pioneiro», ali desenvolvido, no final do século XIX e início do século XX, por Jacinto Pedro Gomes, que permitiu que os fósseis encontrados fossem colocados no Museu Geológico de Lisboa, situação que a autarquia da Figueira da Foz pretende ver revertida.


Com agência Lusa

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Os resultados agora divulgados resultam do trabalho de uma equipa de paleontólogos e geólogos portugueses e brasileiros, liderada pelo paleontólogo Silvério Figueiredo, o qual em Julho de 2021 predissera que as camadas geológicas que constituem as escarpas do Cabo Espichel poderiam conter ossadas e até ovos de dinossauros e de outras espécies pré-históricas, como crocodilos.

As declarações então proferidas pelo paleontólogo sucederam-se ao anúncio pelo CPGP, em Janeiro de 2021, da descoberta de «um conjunto monumental» integrando 614 pegadas de dinossauros, numa área de 1350 metros quadrados, entre a Boca do Chapim e a Praia do Areia do Mastro, no Cabo Espichel, em Sesimbra.

As pegadas, com cerca de 129 milhões de anos, pertenciam a dinossauros carnívoros (terópodes – 93 pegadas) e herbívoros (saurópodes – 324 pegadas; ornitópodes – 197 pegadas) do período Cretácico Inferior.


Com agência Lusa

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