Inaugurada no passado dia 30 de Agosto, a exposição é organizada conjuntamente pela Comissão de Informação e Educação do Comité Central do Partido Comunista do Vietname (PCV) e pelo Ministério vietnamita da Cultura, integrando-se nas muitas actividades que por estes dias, dentro e fora do país asiático, visam assinalar o 55.º aniversário da morte de Ho Chi Minh (2 de Setembro de 1969) e os 55 anos do seu testamento.
A mostra sobre o testamento deixado pelo dirigente comunista, que dedicou a vida à Revolução, ao povo, ao progresso e à paz, e que ajudou a libertar o seu país das garras do colonialismo e do imperialismo, teve uma cerimónia de abertura, na qual discursou Ta Quang Dong, vice-ministro da Cultura, refere a Vietnam News Agency (VNA).
O responsável enalteceu o valor do documento escrito pelo Tio Ho, como é carinhosamente chamado no seu país, afirmando que «o grande legado ideológico e espiritual deixado pelo falecido Presidente ilumina a causa revolucionária do Partido e do país rumo à vitória».
«O testamento é uma despedida sincera de um comunista, profundamente imbuído da identidade cultural nacional e do espírito da época, com o seu valor a transcender o espaço e o tempo», disse.
Dong sublinhou ainda que as palavras deixadas por Ho Chi Minh referiram questões importantes que era preciso abordar, de modo a garantir o papel de liderança revolucionária de um Partido no poder, contribuindo em simultâneo para a vitória da revolução vietnamita na luta pela independência nacional e pelo progresso social, indica a fonte.
Até 30 de Setembro, os visitantes poderão apreciar no complexo do Palácio Presidencial mais de 200 documentos, imagens e gráficos, que apresentam uma visão da vida e da causa revolucionária do Presidente Ho Chi Minh, bem como «o profundo valor teórico e prático do testamento, e os esforços de todo o Partido, do Exército e do povo» na sua implementação, ao longo dos últimos 55 anos.
Findo o período da exposição, refere a VNA, o seu conteúdo e explicações serão reunidos em vídeo e publicados no portal do complexo do Palácio Presidencial, de modo a continuar a servir o público.
To Lam presta tributo aos criadores do hino e do emblema nacionais
A 2 de Setembro, os vietnamitas celebram também o seu Dia Nacional, pois foi nessa data que, em 1945, Ho Chi Minh leu a Declaração da Independência.
Os actos em memória do Pai da Independência repetem-se em vários pontos do país e no estrangeiro, honrando-o a ele e à Revolução de Agosto – o levantamento que pôs fim à monarquia feudal, ao fascismo e a 80 anos de jugo colonial francês, abrindo as portas à fundação da República Democrática do Vietname, posteriormente República Socialista do Vietname, e a uma era em que o povo vietnamita passou da escravidão ao governo do país.
Foi neste contexto que o secretário-geral do PCV e Presidente da República, To Lam, visitou, esta segunda-feira, as famílias do músico Van Cao (1923-1995) e do pintor Bui Trang Chuoc (1915-1992). O primeiro criou o hino nacional e o segundo desenhou o emblema nacional do Vietname.
Ao encontrar-se com a família de Van Cao, To Lam manifestou a sua gratidão pelo enorme contributo do compositor à Revolução vietnamita e lembrou que, além do hino nacional, foi autor de outras peças com «importantes significados e estímulo espiritual». Na ocasião, indica a VNA, ofereceu a Nghiem Thuy Bang, viúva do músico, um retrato de Ho Chi Minh.
Posteriormente, também no âmbito das celebrações do 79.º aniversário da independência, To Lam visitou a família do pintor Bui Trang Chuoc, autor do emblema nacional da então República Democrática do Vietname.
O dirigente comunista enalteceu as qualidades artísticas do trabalho de Chuoc, o seu carácter meticuloso, detalhado e atractivo, e destacou os contributos que deu ao país.
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