Na mostra, que pode ser visitada até 31 de Março, entre as 10h e as 21h, estarão patentes trabalhos de 24 ilustradores que responderam ao convite que lhes foi feito para «exprimirem, com o seu trabalho, o seu sentir sobre o que se está a passar na Palestina», indica na sua página de Facebook o MPPM – Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente.
Ali, resume o organismo solidário, os ilustradores denunciam a guerra e apelam à paz e ao cessar-fogo em Gaza, porque «ilustração é resistência».
Alexandra Ramires, Alexandre Esgaio, Ana Biscaia, André Pereira, André Ruivo, Arianna Vairo, Catarina Sobral, Eva Evita, Júlio Dolbeth, Mantraste e Mariana Rio disseram «sim» à iniciativa pela qual são responsáveis MPPM, Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), CGTP-IN e Projecto Ruído – Associação Juvenil.
Também o fizeram Marta Monteiro, Marta Nunes, Paul Hardman, Pedro Pousada, Rachel Caiano, Rebal Bueno, Ricardo Ladeira, Sebastião Peixoto, Susa Monteiro, Susana Matos, Teresa Carvalho, Tiago Guerreiro e Vladimiro Vale.
À inauguração da exposição, seguir-se-á um debate.
Pelo menos 17 mil crianças em Gaza separadas das famílias
De acordo com um relatório apresentado à Nações Unidas pela organização não governamental Palestinian Return Centre, relativo ao aumento da violência israelita contra as crianças palestinianas desde 7 de Outubro último, pelo menos 17 mil crianças na Faixa de Gaza estão «agora desacompanhadas ou separadas das suas famílias».
Desde 7 de Outubro, devido aos bombardeamentos israelitas, mais de mil crianças palestinianas perderam uma ou as duas pernas, na Faixa de Gaza, revelou a organização Save the Children. Muitas destas amputações foram realizadas sem anestesia, uma vez que o sistema de saúde se encontra paralisado pelo conflito e existe uma enorme escassez de médicos e enfermeiros, bem como de material médico, como anestesia e antibióticos, alertou a organização não governamental em nota de imprensa ontem publicada. «Vi médicos e enfermeiros completamente esmagados quando as crianças chegam com ferimentos de explosões», disse Jason Lee, director da Save the Children para os territórios palestinianos ocupados. «O impacto de ver crianças com tantas dores e não ter equipamentos, medicamentos para as tratar ou aliviar a dor é demais mesmo para profissionais experientes», assinalou. Jason Lee disse que as crianças pequenas apanhadas em explosões são particularmente vulneráveis a lesões graves, que mudam as suas vidas para sempre. O Crescente Vermelho da Palestina instou a comunidade internacional e as organizações humanitárias a intervir para travar os ataques israelitas contra as suas instalações e o Hospital al-Amal. Em comunicado, o organismo instou o mundo a proteger o pessoal médico, os pacientes e os cerca de 14 mil deslocados que se encontram refugiados no centro hospitalar de al-Amal, na cidade de Khan Younis, no meio dos intensos bombardeamentos israelitas. O Crescente Vermelho disse que as forças de ocupação atacaram vários andares da sua sede nos últimos três dias, com o mais recente bombardeamento a ocorrer hoje, refere a agência Wafa. A este propósito, precisou que o ataque contra a sede provocou a morte de sete pessoas deslocadas, incluindo um bebé de cinco dias, e deixou feridas mais 11 pessoas. O Ministério palestiniano da Educação informou, esta terça-feira, que 4156 estudantes perderam a vida e 7818 ficaram feridos, em Gaza e na Cisjordânia, desde o início da mais recente agressão sionista. Um comunicado emitido ontem pela tutela palestiniana da Educação precisa que, desde 7 de Outubro, 4119 estudantes foram mortos e 7536 ficaram feridos, na Faixa de Gaza, como resultado da agressão israelita. Já na Margem Ocidental ocupada, perderam a vida 37 estudantes, 282 ficaram feridos e 85 foram detidos pelas forças israelitas no mesmo período. O Ministério referiu ainda que, no enclave costeiro, foram mortos 201 professores e administradores escolares, enquanto 703 ficaram feridos. No mesmo período, a tutela registou cinco docentes palestinianos feridos e 71 detidos pelas forças de ocupação na Cisjordânia. O documento, a que várias agências dão eco, destacou o facto de a ocupação ter bombardeado 343 escolas na Faixa de Gaza, incluindo 278 infra-estruturas de ensino governamentais e 65 da UNRWA (Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina). Destas, sete foram completamente arrasadas e 83 sofreram danos de monta. Já na Margem Ocidental, as forças de ocupação invadiram e atacaram 38 escolas. De acordo com o Ministério palestiniano da Educação, os bombardeamentos israelitas afectaram 90% das escolas governamentais e infra-estruturas educativas na Faixa de Gaza, que nalguns casos foram atacadas directamente e noutros sofreram danos colaterais. O documento refere ainda que 133 escolas estão a ser utilizadas como centros de refúgio na Faixa de Gaza. Dezenas de civis palestinianos foram mortos ou ficaram feridos, na madrugada e manhã desta quarta-feira, na sequência de ataques israelitas no enclave costeiro, informa a agência Wafa. Os bombardeamentos foram particularmente intensos nas zonas Centro e Sul da Faixa de Gaza, refere a agência, que dá conta de ataques a Rafah e Khan Younis, bem como aos campos de refugiados de Nuseirat, al-Maghazi e Bureij. Entretanto, a escalada de tensão aumentou na Cisjordânia ocupada, na sequência do ataque israelita com drone a um subúrbio do Sul de Beirute, no Líbano, que provocou a morte a sete pessoas, incluindo Saleh al-Arouri, vice-presidente do Hamas. Em várias cidades da Margem Ocidental ocupada houve manifestações e confrontos com as forças israelitas, e, hoje, a região amanheceu em situação greve de geral, refere a Prensa Latina, depois de partidos, facções e governo palestinianos terem condenado o assassinato, entre afirmações de «reforço da determinação de resistir» e alertas para as consequências que «o acto terrorista» terá para a região. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. Há cerca de duas semanas, o Crescente Vermelho denunciou também os ataques sistemáticos das tropas israelitas às suas ambulâncias e equipas de salvamento nos territórios ocupados. Em declarações à imprensa, o director do Departamento de Ambulâncias e Emergências do Crescente Vermelho palestiniano na Cisjordânia ocupada, Ahmed Jibril, alertou que essa estratégia não é nova, mas que se intensificou. Tendo como base fontes locais e hospitalares, a agência Wafa dá conta de intensos bombardeamentos israelitas por ar, terra e mar contra o enclave costeiro, entre ontem à noite e esta manhã. Apesar de alguns ataques registados na Cidade de Gaza e arredores, a ofensiva israelita centrou-se sobretudo no Centro e no Sul do território, visando cidades como Khan Younis e Rafah (Sul), bem como al-Zawaida, Deir al-Balah e os campos de refugiados de Nuseirat, al-Maghazi e Bureij (Centro), que provocaram dezenas de mortos. No campo de al-Maghazi, denunciou o Crescente Vermelho, as forças israelitas atacaram a casa do director do Centro de Ambulâncias da Província Central, Anwar Abu Houli, provocando pelo menos dois mortos e cinco feridos, com várias pessoas ainda sob os escombros. Dados preliminares indicam que a mais recente agressão israelita à Faixa de Gaza provocou mais de 22 400 mortos, incluindo 9730 menores e 6830 mulheres. Mais de 7000 pessoas encontram-se desaparecidas e o número de feridos é superior a 57 600. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. «Têm o pescoço e o torso mais frágeis, pelo que é necessária menos força para causar uma lesão cerebral. Os seus crânios ainda não estão totalmente formados e os seus músculos subdesenvolvidos oferecem menos protecção, pelo que é mais provável que uma explosão destrua órgãos no seu abdómen, mesmo quando não há danos visíveis», referiu. «O sofrimento das crianças neste conflito é inimaginável e ainda mais porque é desnecessário e completamente evitável», disse Lee, sublinhando que «este sofrimento, o assassinato e a mutilação de crianças são condenados como uma violação grave». Neste sentido, defendeu que os seus perpetradores devem ser responsabilizados. «A menos que a comunidade internacional tome medidas para defender as suas responsabilidades ao abrigo do Direito Internacional Humanitário e para prevenir os crimes mais graves a nível internacional, a história irá e deverá julgar-nos a todos», afirmou. Dados preliminares ontem divulgados indicam que a mais recente agressão israelita à Faixa de Gaza provocou pelo menos 22 835 mortos, 70% dos quais são menores e mulheres. Mais de 7000 pessoas encontram-se desaparecidas e o número de feridos é superior a 58 300, refere a Wafa. De acordo com a agência estatal, os ataques israelitas ao enclave costeiro nas últimas horas provocaram pelo menos 73 mortos e cerca de 100 feridos, sobretudo nas regiões Centro e Sul do território. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Internacional|
Mais de mil crianças com pernas amputadas pelas bombas israelitas em Gaza
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Crescente Vermelho reclama intervenção internacional urgente em Gaza
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Mais de 4000 estudantes palestinianos mortos durante a agressão israelita
Bombardeamentos israelitas em vários pontos de Gaza
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Bombardeamentos israelitas provocam dezenas de mortos em Gaza
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O mesmo documento afirma que mais de 12 mil crianças foram mortas em Gaza em resultado de ataques das forças israelitas desde a mesma data, sendo que muitas outras enfrentam amputações e ferimentos que mudarão as suas vidas.
No que respeita à Margem Ocidental ocupada, o texto denuncia que as forças israelitas detêm crianças palestinianas de forma sistemática; desde 7 de Outubro, pelo menos 200 crianças foram presas, e são muitas vezes submetidos a tortura psicológica e física.
«Enquanto o mundo assiste horrorizado à situação na Faixa de Gaza, as crianças da Cisjordânia vivem o seu próprio pesadelo. Muitas relatam que o medo se tornou parte da sua vida quotidiana, e muitas delas têm medo até mesmo de ir para a escola ou de brincar na rua devido à ameaça de tiroteios e outras formas de violência relacionadas com o conflito», afirma o texto divulgado pelas Nações Unidas.
«O sofrimento das crianças na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, não deve passar para um segundo plano no contexto do actual conflito – faz parte dele», sublinha o relatório.
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