Os números, recolhidos pela coligação, foram apresentados esta quarta-feira à Comissão de Segurança Energética e de Emissão Zero da Câmara dos Comuns, no âmbito dos preparativos do executivo britânico para o próximo Inverno.
De acordo com as estimativas da End Fuel Poverty Coalition, no Inverno de 2022/23 houve 4706 mortes a mais em Inglaterra, Escócia e País de Gales, provocadas por habitações frias e mal aquecidas.
O organismo estima que, dos 21 890 mortos durante o último período de Inverno, 21,5% estejam associados ao facto de residirem em casas com calefacção insuficiente.
De forma paralela, um relatório da campanha Warm This Winter (aqueçam este Inverno), sobre o «estado» de oito medidas do governo de Sunak para lidar com «a crise das facturas de energia», revelou que, em metade dos casos, os ministros não fizeram nada.
O documento, que alude à necessidade de prestações de apoio financeiro aos mais carenciados, refere-se ainda ao retrocesso específico numa dessas medidas, já que a dependência do país de combustíveis fósseis e caros aumentou.
Na Casa dos Comuns, em Westminster, representantes da coligação pelo fim da pobreza energética criticaram a falta de avanços, da parte do governo britânico, no que respeita a medidas que permitam manter as pessoas aquecidas este Inverno.
«Milhares de pessoas morrem todos os anos em casas frias e húmidas, e muitas outras recorrem ao NHS [serviço público de saúde] à medida que as condições de saúde existentes se agravam, devido à vida nessas condições», denunciaram.
«A pobreza energética é uma crise de saúde pública, mas só pode ser resolvida através de soluções económicas e de engenharia», defenderam.
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