De acordo com o comunicado do MURPI eviado à imprensa, as medidas apresentadas, que incluem um suplemento de 100 a 200 euros a ser pago em Outubro apenas às pensões mais baixas, são vistas como «pífias». A organização enfatiza que este valor é uma mera «gorjeta» e não aborda a real necessidade de combater o aumento do custo de vida, para todos os pensionistas, não apenas aqueles que recebem valores menores. Considera o movimento que é inadmissível que dentro do regime contributivo da segurança social se apliquem suplementos a discriminar os pensionistas baseado nos seus montantes de contribuição.
Para além do baixo valor, o suplemento das pensões não é suficiente para cobrir as reais dificuldades, como o aumento do custo de vida e a falta de acesso aos cuidados de saúde — agravado pela falta de médicos e enfermeiros.
O MURPI complementa o comunicado com as propostas que a associação acredita serem realmente eficazes para «fazer face à grave crise social que vivemos»: o aumento indicado deve ser de 7,5%, com um mínimo de 70 euros, porém retroativo a Janeiro de 2024; os montantes de pensões mínimas devem ser valorizados com a introdução de dois novos escalões, 36 a 40 anos e outro com mais de 40 anos de contribuições; a atualização anual do valor deve ser feita a fim de garantir que aqueles que têm um rendimento igual ou inferior ao Salário Mínimo Nacional não pagam IRS; melhorar a qualidade dos Serviços da Segurança Social, assegurando a antecipação do recebimento das pensões em contexto de fim-de-semana e feriados.
A estrutura enumera ainda diversas outras medidas, assinalando as tantas frentes de combate possíveis à crise social que a categoria vive, acrescentando que seus associados irão continuar a lutar pela concretização das mesmas.
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