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Portugal no pelotão da frente da especulação imobiliária

Os preços da habitação em Portugal devem sofrer a maior subida de um conjunto de dez países europeus neste ano, segundo um relatório da agência de rating Standard & Poors.

A AIL defende a criação de um seguro de renda, da responsabilidade do senhorio, e de um seguro multi-riscos, da responsabilidade do arrendatário
Os preços da habitação em Portugal devem continuar a subir a um ritmo superior à maioria dos países europeusCréditos / Awol

A instituição estima uma subida de 9,5% nos preços da habitação em Portugal em 2018, tanto como na Irlanda, num relatório que inclui ainda Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Holanda, Itália, Reino Unido e Suíça.

Portugal já tinha registado a segunda maior subida destes dez estados em 2017, com 10,5%, logo atrás da Irlanda, que registou um crescimento de 11,5%. Para os próximos três anos, apesar de um abrandamento nos ritmos de crescimento, a Standard & Poors prevê os ritmos de crescimento mais altos para o nosso país: 8% em 2019, 7% em 2020 e 6% em 2021.

Em Espanha é estimada uma subida ​de 5,6% para este ano, na Alemanha de 4% e em França de 2,7%.

O fenómeno da especulação imobiliária tem-se intensificado nos últimos anos, particularmente nos centros de Lisboa e do Porto. No entanto, a pressão sobre os preços tem vindo a alastrar-se à periferia destas cidades, segundo os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística.

Segundo dados de 2015 da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico, Portugal é dos países-membros com uma taxa mais baixa de habitação com «rendas sociais» – 2% –, muito abaixo de estados europeus como a Holanda, a Áustria e a Dinamarca (com taxas acima dos 20%), mas também de países como os EUA, Canadá, Austrália e Nova Zelândia (entre os 4% e os 6,4%).

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