A decisão de avançar para greve, tendo o pré-aviso sido entregue pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP/CGTP-IN), foi tomada em plenário a 12 de Dezembro, após a entrega ao conselho de administração de um abaixo-assinado com 320 assinaturas.
Em declarações aos jornalistas, Elisabete Amoedo, dirigente sindical do SEP, afirmou que a adesão à greve atingiu os 90% no turno da manhã, o que levou à paralisação de vários sectores, nos quais só funcionam os serviços mínimos.
Em comunicado, o SEP afirmou que, «no âmbito do descongelamento das progressões das carreiras da Administração Pública, o IPO de Lisboa e o Governo continuam a discriminar negativamente os enfermeiros».
«O IPO de Lisboa, ao invés de outras instituições, resolveu excluir da atribuição dos pontos os enfermeiros detentores de um contrato individual de trabalho (CIT) e muitos outros com contrato de trabalho em funções públicas», lê-se.
Os enfermeiros exigem o descongelamento das progressões com a contagem dos pontos para efeitos de carreira justamente devidos, independentemente do tipo de contrato de trabalho, designadamente: 1,5 pontos de 2004 a 2014, a não consideração do reposicionamento nos 1201 euros para início da contagem e a aplicação de pontos aos CIT.
Greve de quatro dias em finais de Janeiro
A greve nacional foi convocada pelo SEP e o Sindicato dos Enfermeiros da Região Autónoma da Madeira (SERAM), na sequência da ruptura das negociações com o Governo, tendo como objectivo pressionar este último para que emita orientações para «a justa contagem dos pontos» e o pagamento do suplemento devido aos enfermeiros especialistas.
«Será uma greve nacional de quatro dias, a concretizar na quarta semana de Janeiro, de forma desconcentrada no âmbito regional das Administrações Regionais de Saúde (ARS) e em todos os dias haverá expressão de rua», afirmou José Carlos Martins, presidente do SEP.
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