Numa carta a que a Lusa teve acesso e que deverá chegar esta segunda-feira às confederações patronais e centrais sindicais, o presidente do Conselho Económico e Social (CES), Correia de Campos, reconhece que o aumento do salário mínimo nacional, de 580 euros em 2018 para 600 euros em 2019 ficou aquém do que seria desejável.
O antigo ministro da Saúde admite que a discussão salarial tem sido insuficiente, defendendo que teria sido possível ir mais longe no salário mínimo nacional.
Igualmente «modesta», defende Correia de Campos, é a evolução real dos salários, «apesar da ligeira retoma nominal dos salários em 2017».
O presidente do CES defende ainda que «teria sido possível ir mais longe na fixação a RMMG [Remuneração Mínima Mensal Garantida], como era proposto pelas associações sindicais».
Para Correia de Campos, «uma subida maior da RMMG teria o efeito de fazer subir todos os salários que se aproximam do valor mínimo garantido, sem reduzir o emprego, como ficou demonstrado nos anos recentes».
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