Numa nota do Sindicato de Hotelaria do Algarve (CGTP-IN) à imprensa pode ler-se que, devido ao crescimento do turismo e do sector da hotelaria, as unidades hoteleiras a nível nacional registaram nos últimos oito anos «proveitos na ordem dos 108%», o que significa um aumento dos lucros na ordem dos 1900 milhões de euros. O Algarve continua a ser a região do País onde esse crescimento mais se faz sentir, com valores na ordem dos 550 milhões de euros, sublinha o sindicato.
No entanto, o crescimento do sector «não se tem repercutido na melhoria dos salários e condições de trabalho dos trabalhadores», acrescenta a nota, predominando o «trabalho precário» e os «horários infindáveis».
Reunidos no dia 3 de Agosto em plenário, os trabalhadores dos hotéis MGM, em Albufeira, decidiram fazer dois dias de greve, a 10 e 11 de Agosto, em protesto contra os baixos salários e a falta de condições de trabalho.
Exigem o aumento do salário em 8% e um mínimo de 70 euros a partir de Janeiro de 2020, a contratação de mais trabalhadores, a estabilização dos horários e a garantia de 25 dias úteis de férias, entre outras reivindicações.
Estes trabalhadores estiveram em greve no passado dia 29 de Junho, mas o sindicato informa que a administração continua sem dar resposta às reivindicações. «A administração do grupo MGM recusou dar aumentos salariais aos trabalhadores em 2018 e parece que mantém essa intenção também para 2019», alerta.
O sindicato afirma que os trabalhadores «têm todas as razões para estarem descontentes» e apela a uma «forte mobilização» nos cinco hotéis do grupo para «a uma só voz» reclamarem os seus direitos.
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