Foi anunciada a intenção do Governo de analisar a venda «caso a caso», mas, para a Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal/CGTP-IN) o que é necessário é «parar o processo».
Numa nota à comunicação social, em que também se pronuncia sobre a situação dos trabalhadores directamente afectados, a federação sublinha que, a concretizar-se, «esta escandalosa operação deixaria o País ainda mais dependente, do ponto de vista energético, porquanto o centro de decisão passaria para as mãos de um consórcio francês, formado pela Engie, Crédit Agricole Assurances e Mirova».
A federação solicitou uma nova reunião ao Governo, com carácter de urgência, e vai tomar uma iniciativa idêntica junto dos grupos parlamentares.
«Não se pode aceitar, por outro lado, que a administração da EDP esteja a afastar-se, cada vez mais, dos princípios que nortearam a criação da empresa e que esta se esteja a tornar uma central de compra e venda de activos, em vez de uma empresa de serviço público de electricidade.», afirma.
E os trabalhadores?
A administração da EDP afirmou que estão garantidos os direitos dos trabalhadores, incluindo o direito de optarem por continuar na empresa. Mas, no entender dos sindicalistas, há razões para esperar que as garantias da EDP não tenham em conta as necessidades e os anseios dos trabalhadores para o seu futuro.
«A administração da EDP estará de má-fé a exercer pressão sobre os trabalhadores para aceitarem a transferência para o novo patrão?», pergunta, acrescentando que, segundo a lei, todos os direitos estarão garantidos por 12 meses, mas que o problema é depois:«A que condições laborais estarão os trabalhadores sujeitos na nova empresa?».
As centrais em causa ficam no distrito de Bragança: Miranda, Bemposta, Picote, Foz do Tua, Baixo Sabor e Feiticeiro.
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