|Companhia de Teatro de Almada

«Se Isto é um Homem» candidato a dois globos de ouro

Encenação da Companhia de Teatro de Almada, adaptada da obra homónima do escritor e partisan italiano Primo Levi, está nomeada para o prémio de melhor actor e melhor espectáculo.

Cláudio da Silva interpreta a obra <em>Se Isto é um Homem</em>, com encenação de Rogério de Carvalho 
CréditosCompanhia de Teatro de Almada

Com estreia no 36.º Festival de Almada, em 2019, quando se comemorava o centenário do nascimento de Primo Levi, o espectáculo que passou por várias digressões por todo o País é agora reconhecido com a nomeação do encenador Rogério de Carvalho e da interpretação de Cláudio da Silva para os Globos de Ouro.

O prémio e é atribuído desde 1996, pela estação de televisão SIC e a revista Caras, a profissionais das várias áreas da arte e entretenimento no País. Não se tendo realizado em 2020, devido à pandemia, a actual edição refere-se a produções estreadas entre Abril de 2019 e Abril de 2021.

«Fui deportado para Auschwitz só em 1944, depois de o governo alemão, em vista da crescente escassez de mão-de-obra, resolver prolongar a vida média dos prisioneiros a serem eliminados, concedendo sensíveis melhorias no seu nível de vida e suspendendo temporariamente as matanças arbitrárias». É assim que o autor da obra introduz as suas memórias do cárcere no campo de extermínio alemão, em Se Isto é um Homem.

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Assinalar vitória sobre o nazi-fascismo e defender a Paz

Ao evocar o Dia da Vitória, o CPPC alerta para ameaças e perigos na actual situação internacional, vincando a premência do combate ao regresso de valores «fascizantes, neocoloniais e belicistas».

Soldados soviéticos com prisioneiros que acabaram de libertar no campo de extermínio de Auschwitz
Créditos / hindustantimes.com

Neste 9 de Maio de 2019, em que se assinala o 74.º aniversário da vitória sobre o nazi-fascismo na Segunda Guerra Mundial, o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) chama a atenção para a actual situação internacional, «em que se multiplicam focos de ingerência e conflito», e sendo crescente a tensão que as potências ocidentais – EUA, União Europeia e NATO – promovem «face à Federação Russa e à China, de consequências imprevisíveis».

Numa nota, o CPPC destaca a necessidade de mobilizar vontades em torno da defesa da Paz, do desarmamento, da dissolução da NATO, do fim das bases militares estrangeiras, da corrida aos armamentos e das armas nucleares e de outras de destruição massiva.

Sublinha, igualmente, a necessidade de defender o fim das ingerências e agressões externas, bem como o respeito pela soberania dos estados e pelos princípios consagrados na Carta das Nações Unidas, na Constituição da República Portuguesa e nos valores da Revolução de Abril – «é este o caminho que interessa à Humanidade», declara o CPPC.

Valorizar os que resistiram e contribuir para que não se repita a barbárie

Ao assinalar a vitória sobre o nazi-fascismo na Segunda Guerra Mundial, para a qual o Exército Vermelho e a União Soviética deram um contributo decisivo, o CPPC reafirma «a sua determinação em prosseguir e intensificar a acção de esclarecimento e mobilização da opinião pública», de modo «que nunca se venha a repetir barbárie semelhante, que causou cerca de 50 milhões de mortos».

O organismo português de defesa da paz sublinha ainda que a valorização dos que «resistiram, deram a liberdade e a própria vida para pôr fim à guerra, para libertar os povos do horror nazi-fascista» não pode passar ao lado dos «avanços alcançados no pós-guerra pelos povos da Europa e do mundo nos seus direitos sociais, laborais e políticos», nomeadamente ao nível da saúde, da educação, do trabalho, da protecção social, da igualdade entre homens e mulheres, e da possibilidade de «decidirem soberanamente do seu destino, pondo fim aos impérios coloniais».

«Todos quantos defendem a paz, a liberdade, os direitos democráticos, a soberania, a solidariedade» são confrontados, perante a evocação da vitória sobre o nazi-fascismo, com a premência de combater o «regresso de valores retrógrados, fascizantes, neocoloniais e belicistas», afirma o CPPC, que encara a Paz como «valor essencial para garantir o bem-estar, o desenvolvimento, a felicidade e a própria vida humana no planeta».

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«A necessidade de contar "aos outros", de tornar "os outros" participantes, alcançou entre nós, antes e depois da libertação, carácter de impulso imediato e violento, até ao ponto de competir com outras necessidades elementares», motivando o escritor a desenvolver esta obra, em 1947, mas que só veio a ser reconhecida internacionalmente no final dos anos 50.

O campo de extermínio de Auschwitz funcionou durante um período de cerca de quatro anos, entre Maio de 1940 e 27 de Janeiro de 1945, até à sua libertação pelo exército soviético. Estima-se que mais de 1,1 milhões de pessoas tenham sido assassinadas nesse espaço pelo regime nazi.

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