Unidades do Exército Árabe Sírio entraram, esta quinta-feira, nas localidades de Tal Shihab e Zaizoun, praticamente coladas à Jordânia e poucos quilómetros a noroeste da cidade de Daraa, no distrito e na província homónimos. O objectivo é trazer segurança à região, permitindo o regresso das populações a suas casas.
Na sequência de um acordo proposto pelo governo de Damasco, sob mediação russa, outras aldeias e bairros da província têm assistido a situações semelhantes nos últimos dias, informa a SANA.
O processo teve início no Bairro de Daraa al-Balad, na capital da província, e teve continuidade nas localidades de al-Yadudah e Muzayrib, seguindo-se Tafas, Tel Shihab e Zaizoun.
Milhares de pessoas começaram a voltar às suas casas na província de Daraa (Sudoeste da Síria), depois de os militantes jihadistas terem ido para norte, para zonas controladas por grupos pró-turcos. Os deslocados sírios começaram a regressar esta quinta-feira ao bairro de Daraa al-Balad, na cidade de Daraa, capital da província síria homónima, depois de as autoridades terem desimpedido as ruas e terem destacado para o local equipas de sapadores para limpar de minas as zonas até aqui dominadas pelos terroristas, noticiou a SANA. O controlo de Daraa al-Balad pelo Exército Arábe Sírio foi anunciado na quarta-feira, na sequência de um acordo proposto pelo governo de Damasco e alcançado sob mediação russa, segundo o qual o Estado «normaliza o estatuto jurídico dos militantes que entregam as suas armas». Aqueles que se recusaram a fazê-lo foram «expulsos» para o Norte do país, para uma zona sob controlo turco e dos seus grupos mercenários. Logo na quarta-feira, os militares içaram bandeiras nacionais em vários locais do bairro e começaram a passar a pente fino ruas e casas para encontrar armamento e desactivar minas e bombas deixadas pelos terroristas, permitir os trabalhos de recuperação de infra-estruturas e serviços, bem como o regresso da população deslocada a suas casas. No passado dia 1 de Setembro, o Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA) referiu que havia 38 600 deslocados internos na província de Daraa. Em 2018, no contexto da Ofensiva do Sudoeste, as tropas do Exército Árabe Sírio e aliados conseguiram controlar a estratégica província de Daraa, que faz fronteira com a Jordânia e com os Montes Golã ocupados por Israel. A Síria classificou como «hipócritas e instigadoras» as declarações das autoridades britânicas e da UE sobre a situação na província de Daraa, onde os terroristas têm realizado vários atentados. As «campanhas de incitamento e hipocrisia» lançadas pelo establishment do Reino Unido e da União Europeia (UE) relativamente à situação na província de Daraa «fazem parte da sua política hostil anti-síria e do seu apoio ao terrorismo», denunciou esta quinta-feira o Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros. Num comunicado divulgado pela agência SANA, o governo sírio afirma que as declarações proferidas «desmascaram a tentativa frustrada dos seus promotores de aliviar a pressão sobre os terroristas». O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Síria denunciou esta quarta-feira as políticas adoptadas pela União Europeia (UE) para com o país árabe, sublinhando que o «colonialismo não voltará». O comunicado emitido esta quarta-feira pela diplomacia síria surge em resposta a declarações recentes de Josep Borrell, alto representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, que fez depender o levantamento das sanções impostas ao país árabe do início de um «processo político real». A repetição dos comunicados que alguns representantes da UE publicam periodicamente «com base nas suas ilusões e sonhos», relativamente ao processo de reconstrução da Síria, «mostra com clareza o não entendimento do que se passa na Síria e na região», lê-se no texto divulgado pela agência SANA. «No caso de haver condições, é a Síria quem as impõe, e a única condição vinculante para qualquer das partes consiste em regressar à Síria exclusivamente através da porta do respeito pela soberania e dos interesses sírios», destaca a nota. «As políticas implementadas pela União Europeia fazem com que a mesma seja um prolongamento do colonialismo na sua forma moderna», afirmam as autoridades sírias, acrescentando que «a UE saiu da Síria tal como o colonialismo, e não voltará seja sob que designação for, nem mediante um processo político que satisfaça os seus interesses, nem por via de eleições que concretizem os seus sonhos». O texto precisa que aquilo que a UE propôs à Síria antes da guerra «nunca foram doações ou ofertas, mas empréstimos que foram sendo pagos periodicamente com o dinheiro do povo sírio». Acrescenta que «todas as instalações que a Síria contratou à UE antes da guerra nas áreas da electricidade e da saúde pararam devido ao bloqueio e às sanções, que afectaram de forma negativa os cidadãos e provocaram o aumento da taxa de mortalidade». «Para a Síria, a política da União Europeia e a do Daesh são duas caras da mesma moeda, que é o dólar norte-americano», denuncia o comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros, que alerta para o «perigo» daquilo que a «instituição da UE está a fazer». O governo de Damasco esclarece ainda que faz a distinção entre essa política da UE e a de alguns países que integram o bloco, na medida em que assumiram «posicionamentos objectivos sobre o está a acontecer» no país levantino. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. O documento sublinha que as autoridades sírias estiveram «determinadas em resolver a situação na região Sul pela via do diálogo» e «procurando evitar confrontos que pudessem ferir pessoas inocentes». «No entanto, os grupos terroristas estão ainda empenhados em frustrar qualquer acordo e em fazer escalar a situação na região, cumprindo ordens dos seus operadores», diz o comunicado. O Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros afirma que «as campanhas de mentiras e calúnias não irão dissuadir Damasco de prosseguir a luta contra o terrorismo, libertar as terras e devolver a segurança e a estabilidade a todo o país», sublinhando que nenhuma parte da Síria será excepção, «independentemente da força da oposição de alguns países». A situação na província de Daraa é tensa, depois de grupos extremistas se terem recusado a aceitar a reconciliação proposta pelo governo sírio, que implica a entrega do armamento ligeiro e a instauração da autoridade do Estado. Há três anos, no Verão de 2018, o Exército Árabe Sírio e forças aliadas libertaram praticamente todo o Sul do país, no âmbito da Ofensiva do Sudoeste, graças também a acordos de reconciliação patrocinados pela Rússia, em que os terroristas aceitavam render-se e entregar o armamento pesado e semi-pesado, sendo evacuados, assim como os seus familiares, para a província de Idlib. A Al-Masdar News é uma das fontes que anunciam a vitória sobre os terroristas, esta terça-feira, na Bacia de Yarmuk, junto aos Montes Golã ocupados. A ofensiva do Sudoeste está praticamente concluída. Depois de ontem ter conseguido assegurar o controlo de toda a região contígua aos Montes Golã ocupados por Israel, o Exército Árabe Sírio (EAS) isolou ainda mais a bolsa de resistência do chamado Estado Islâmico no extremo Sudoeste do país, perto da fronteira com a Jordânia. Novas terras foram libertadas e, após intensos combates em Koia e Beit Ara, a agência Sana dava conta, hoje, de que a presença dos terroristas do Daesh na Bacia de Yarmuk (província de Daraa) se aproximava do fim. Por seu lado, a Al-Masdar News afirmou que ofensiva do Sudoeste tinha chegado ao seu termo, tendo em conta o «colapso» das forças extremistas, na sequência dos ferozes combates referidos. A mesma fonte indica ainda que os membros do Daesh que se renderam ao Exército sírio serão evacuados para uma zona do deserto sírio a troco da libertação das 22 mulheres que os terroristas raptaram na semana passada em Sweida, num assalto a esta província que custou a vida a cerca de 250 civis. Nas zonas libertadas da província de Daraa, nomeadamente nas localidades Yalda, Bebila e Beit Sahem, as unidades de sapadores do EAS encontraram armas, munições e medicamentos de proveniência estrangeira, segundo revelaram fontes militares, esta terça-feira, à Sana. Entre o armamento ali encontrado havia rockets, lança-foguetes e bombas de fabrico israelita, bem como equipamento de telecomunicações de origem jordana, norte-americana e koweitiano. Também em Sharaya, localidade recentemente libertada, as unidades de sapadores depararam com envólucros de mísseis TOW e dólares norte-americanos, e, num hospital improvisado, com medicamentos variados, de origem saudita e koweitiano, revela a Prensa Latina. De acordo com as autoridades, os terroristas não tiveram tempo de destruir este material face ao rápido avanço do EAS na região de Daraa. As unidades de sapadores têm como missão limpar de minas as terras recém-conquistadas, de modo a permitir o regresso rápido e seguro dos seus habitantes. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. De acordo com a imprensa síria, o Exército lançou agora uma operação militar contra os esconderijos dos terroristas que permaneceram na província de Daraa e que frustraram o acordo de reconciliação alcançado em 2018. De acordo com Damasco, a província, junto à fronteira com a Jordânia, tem sido alvo de ataques e atentados frequentes nos últimos tempos, sobretudo contra militares sírios, mas também contra alguns civis e autoridades locais. Para o governo sírio, que acusa os grupos extremistas de estarem a cumprir instruções dos seus financiadores e patrocinadores no estrangeiro, a libertação total de Daraa afigura-se de crucial importância, tendo em conta a proximidade dos Montes Golã ocupados por Israel. As provas da colaboração estreita, a nível militar e médico, do Estado sionista com os terroristas acumularam-se ao longo dos anos. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. Acordos de reconciliação, também patrocinados pela Rússia, ajudaram a libertar a região. Recentemente, no entanto, a província voltou a ser alvo de ataques e atentados frequentes, sobretudo contra militares sírios, mas também contra alguns civis e autoridades locais. Quando o Exército começou a montar o cerco aos terroristas e a lançar a ofensiva para os expulsar, as agências humanitárias ao serviço do imperialismo acusaram logo o «regime de Assad» de atrocidades. O Reino Unido, os EUA e a União Europeia também afinaram sem demora a orquestra mediática contra a ofensiva – à qual Damasco respondeu lembrando-lhes o «seu apoio ao terrorismo». Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Internacional|
Milhares de sírios regressam a casa após a saída dos terroristas de Daraa al-Balad
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Damasco denuncia campanha europeia hostil a propósito de Daraa
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Política da UE é o «prolongamento do colonialismo»
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Situação tensa e vários ataques de terroristas a civis e militares
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Exército sírio derrota Daesh na Bacia de Yarmuk
Exército sírio descobre mais apoio estrangeiro aos terroristas
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Em Dael, 15 quilómetros a norte de Daraa, na estrada que segue para Damasco, a implementação do acordo referente à «normalização do estatuto jurídico» de dezenas de militantes, pessoas procuradas pela Justiça e desertores teve início esta quinta-feira. As armas que estavam em seu poder, refere a SANA, foram entregues ao Exército.
Neste processo intervêm sempre equipas de sapadores, que passam os terrenos a pente fino para desactivar minas e permitem que outras equipas removam escombros e reabram ruas. Depois, engenheiros e outros trabalhadores avaliam danos e dão início ao processo de recuperação de infra-estruturas, como escolas, centros de saúde, a rede viária e de electricidade, além de outros espaços públicos.
O controlo total sobre a província de Daraa e o fim das bolsas de terroristas afiguram-se como elementos estratégicos primordiais para o governo sírio, uma vez que a província faz fronteira com a Jordânia e com os Montes Golã ocupados por Israel.
Acabar com a presença militar dos EUA na Síria
Os Estados Unidos, que impõem sanções severas à Síria, mantêm ilegalmente cerca de 900 militares no país árabe, para o «dividir de facto», denunciou Moscovo recentemente, colaborando com militantes contra o governo legítimo do país e roubando os seus recursos naturais.
O vice-ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Ryabkov, denunciou a presença militar ilegal dos EUA na Síria, alertando que Washington está a procurar fracturar o país árabe. Numa entrevista à RT Arabic, esta terça-feira, a que a PressTV faz referência, Ryabkov sublinhou a oposição de Moscovo ao cenário norte-americano de «uma divisão de facto da Síria». «Uma das principais razões para a instabilidade e perpetuação do conflito na Síria é a presença ilegal dos Estados Unidos no país», disse, frisando que Moscovo está a agir de acordo com as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que «confirmou a integridade territorial da Síria». A convite do governo sírio, a Rússia tem ajudado o Exército Árabe Sírio e seus aliados na batalha contra o terrorismo, sobretudo fornecendo apoio aéreo às operações no terreno contra os grupos terroristas apoiados por países estrangeiros. O representante permanente da Síria na ONU, Bashar al-Ja'afari, denunciou a ocupação ilegal do país levantino pelos EUA, que levam a cabo o «roubo à mão armada» do petróleo. Numa sessão do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) dedicada ao Médio Oriente em que se que se abordaram «questões humanitárias», al-Ja'afari sublinhou que esse roubo e essa ocupação são um «grande elefante branco» que o Conselho «faz que não vê». O diplomata sírio afirmou, esta quinta-feira, que existem governos – alguns dos quais representados na sala em que estava a falar – que «promovem e patrocinam o extremismo violento e os grupos separatistas na Síria» e que «se recusam a levar os seus terroristas» do país árabe, refere a Prensa Latina. «Todos os estados-membros das Nações Unidas, dentro e fora do seu Conselho de Segurança, devem respeitar a soberania, independência e integridade territorial da Síria», tendo por base os princípios do direito internacional, a Carta das Nações Unidas e as resoluções aprovadas no CSNU, frisou. No mesmo sentido, instou os 15 membros do CSNU a assumirem as suas responsabilidades, de modo a acabar com a ocupação da Síria por forças estrangeiras ilegais, bem como com os seus ataques e apoio a grupos terroristas. Essas forças ilegais – insistiu al-Ja'afari –, além do apoio que prestam a milícias separatistas, saqueiam os recursos da Síria e minam os esforços de Damasco na sua luta contra o terrorismo. O representante permanente da Síria junto das Nações Unidas destacou também a necessidade de pôr fim, imediatamente, às medidas coercitivas unilaterais impostas ao seu país, que constituem uma forma de «terrorismo económico e castigo colectivo», e criticou a ONU pelo facto de, nos seus relatórios, não referir como essas medidas impostas pelos países ocidentais privam o povo sírio de alimentos, medicamentos e outros produtos de primeira necessidade. Sobre a situação em Idlib, onde as tropas do Exército Árabe Sírio têm alcançado avanços nos últimos dias, al-Ja'afari afirmou que a província continua a ser controlada por organizações terroristas, que usam civis como escudos humanos, e reafirmou que é um dever do Estado sírio libertar-se dessas organizações. Os representantes da China e da Rússia no CSNU defenderam o levantamento das sanções económicas aplicadas à Síria, de modo a promover a reconstrução do país e a propiciar o regresso seguro dos refugiados. O representante permanente-adjunto da Rússia junto das Nações Unidas, Dmitry Polyanskiy, afirmou a necessidade de libertar a Síria da ocupação dos Estados Unidos, cuja presença ilegal no território levantino está relacionada com o saque do petróleo. Também insistiu na importância da libertação da província de Idlib, onde, alertou, está a ser levada a cabo uma perigosa experiência – por parte da Turquia – com o intuito de alterar demografia na região. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. Já as tropas dos EUA – tal como as de outros países ocidentais ao longo da guerra de agressão – estiveram e estão em território sírio sem autorização do governo de Damasco ou um mandato da ONU. As tropas de Washington, que há muito colaboram com forças – também terroristas – que na Síria operam contra o governo legítimo do país, têm roubado de forma sistemática os recursos naturais do país, sobretudo petróleo e gás. Actualmente, refere a PressTV, estão destacadas no país levantino cerca de 900 tropas dos EUA, que se mantêm no Norte e Nordeste, numa região controlada pelas chamadas Forças Democráticas Sírias, formadas na sua grande maioria por militantes curdos. A província de Daraa e, sobretudo, a região em torno da sua capital recuperaram a estabilidade na sequência do acordo de reconciliação alcançado na semana passada sob mediação russa e proposto pelo governo sírio. O general Mohamed Yussef Sheikh Ahmad confirmou à Prensa Latina o regresso da população a suas casas, bem como a tranquilidade que reina no Bairro de Daraa al-Balad e em terras circundantes, como al-Yadudah, cujo controlo total o Exército não detinha desde 2012, quando ficou à mercê de grupos de mercenários e terroristas, e foi privada por completo das instituições do Estado. Milhares de pessoas começaram a voltar às suas casas na província de Daraa (Sudoeste da Síria), depois de os militantes jihadistas terem ido para norte, para zonas controladas por grupos pró-turcos. Os deslocados sírios começaram a regressar esta quinta-feira ao bairro de Daraa al-Balad, na cidade de Daraa, capital da província síria homónima, depois de as autoridades terem desimpedido as ruas e terem destacado para o local equipas de sapadores para limpar de minas as zonas até aqui dominadas pelos terroristas, noticiou a SANA. O controlo de Daraa al-Balad pelo Exército Arábe Sírio foi anunciado na quarta-feira, na sequência de um acordo proposto pelo governo de Damasco e alcançado sob mediação russa, segundo o qual o Estado «normaliza o estatuto jurídico dos militantes que entregam as suas armas». Aqueles que se recusaram a fazê-lo foram «expulsos» para o Norte do país, para uma zona sob controlo turco e dos seus grupos mercenários. Logo na quarta-feira, os militares içaram bandeiras nacionais em vários locais do bairro e começaram a passar a pente fino ruas e casas para encontrar armamento e desactivar minas e bombas deixadas pelos terroristas, permitir os trabalhos de recuperação de infra-estruturas e serviços, bem como o regresso da população deslocada a suas casas. No passado dia 1 de Setembro, o Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA) referiu que havia 38 600 deslocados internos na província de Daraa. Em 2018, no contexto da Ofensiva do Sudoeste, as tropas do Exército Árabe Sírio e aliados conseguiram controlar a estratégica província de Daraa, que faz fronteira com a Jordânia e com os Montes Golã ocupados por Israel. A Síria classificou como «hipócritas e instigadoras» as declarações das autoridades britânicas e da UE sobre a situação na província de Daraa, onde os terroristas têm realizado vários atentados. As «campanhas de incitamento e hipocrisia» lançadas pelo establishment do Reino Unido e da União Europeia (UE) relativamente à situação na província de Daraa «fazem parte da sua política hostil anti-síria e do seu apoio ao terrorismo», denunciou esta quinta-feira o Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros. Num comunicado divulgado pela agência SANA, o governo sírio afirma que as declarações proferidas «desmascaram a tentativa frustrada dos seus promotores de aliviar a pressão sobre os terroristas». O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Síria denunciou esta quarta-feira as políticas adoptadas pela União Europeia (UE) para com o país árabe, sublinhando que o «colonialismo não voltará». O comunicado emitido esta quarta-feira pela diplomacia síria surge em resposta a declarações recentes de Josep Borrell, alto representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, que fez depender o levantamento das sanções impostas ao país árabe do início de um «processo político real». A repetição dos comunicados que alguns representantes da UE publicam periodicamente «com base nas suas ilusões e sonhos», relativamente ao processo de reconstrução da Síria, «mostra com clareza o não entendimento do que se passa na Síria e na região», lê-se no texto divulgado pela agência SANA. «No caso de haver condições, é a Síria quem as impõe, e a única condição vinculante para qualquer das partes consiste em regressar à Síria exclusivamente através da porta do respeito pela soberania e dos interesses sírios», destaca a nota. «As políticas implementadas pela União Europeia fazem com que a mesma seja um prolongamento do colonialismo na sua forma moderna», afirmam as autoridades sírias, acrescentando que «a UE saiu da Síria tal como o colonialismo, e não voltará seja sob que designação for, nem mediante um processo político que satisfaça os seus interesses, nem por via de eleições que concretizem os seus sonhos». O texto precisa que aquilo que a UE propôs à Síria antes da guerra «nunca foram doações ou ofertas, mas empréstimos que foram sendo pagos periodicamente com o dinheiro do povo sírio». Acrescenta que «todas as instalações que a Síria contratou à UE antes da guerra nas áreas da electricidade e da saúde pararam devido ao bloqueio e às sanções, que afectaram de forma negativa os cidadãos e provocaram o aumento da taxa de mortalidade». «Para a Síria, a política da União Europeia e a do Daesh são duas caras da mesma moeda, que é o dólar norte-americano», denuncia o comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros, que alerta para o «perigo» daquilo que a «instituição da UE está a fazer». O governo de Damasco esclarece ainda que faz a distinção entre essa política da UE e a de alguns países que integram o bloco, na medida em que assumiram «posicionamentos objectivos sobre o está a acontecer» no país levantino. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. O documento sublinha que as autoridades sírias estiveram «determinadas em resolver a situação na região Sul pela via do diálogo» e «procurando evitar confrontos que pudessem ferir pessoas inocentes». «No entanto, os grupos terroristas estão ainda empenhados em frustrar qualquer acordo e em fazer escalar a situação na região, cumprindo ordens dos seus operadores», diz o comunicado. O Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros afirma que «as campanhas de mentiras e calúnias não irão dissuadir Damasco de prosseguir a luta contra o terrorismo, libertar as terras e devolver a segurança e a estabilidade a todo o país», sublinhando que nenhuma parte da Síria será excepção, «independentemente da força da oposição de alguns países». A situação na província de Daraa é tensa, depois de grupos extremistas se terem recusado a aceitar a reconciliação proposta pelo governo sírio, que implica a entrega do armamento ligeiro e a instauração da autoridade do Estado. Há três anos, no Verão de 2018, o Exército Árabe Sírio e forças aliadas libertaram praticamente todo o Sul do país, no âmbito da Ofensiva do Sudoeste, graças também a acordos de reconciliação patrocinados pela Rússia, em que os terroristas aceitavam render-se e entregar o armamento pesado e semi-pesado, sendo evacuados, assim como os seus familiares, para a província de Idlib. A Al-Masdar News é uma das fontes que anunciam a vitória sobre os terroristas, esta terça-feira, na Bacia de Yarmuk, junto aos Montes Golã ocupados. A ofensiva do Sudoeste está praticamente concluída. Depois de ontem ter conseguido assegurar o controlo de toda a região contígua aos Montes Golã ocupados por Israel, o Exército Árabe Sírio (EAS) isolou ainda mais a bolsa de resistência do chamado Estado Islâmico no extremo Sudoeste do país, perto da fronteira com a Jordânia. Novas terras foram libertadas e, após intensos combates em Koia e Beit Ara, a agência Sana dava conta, hoje, de que a presença dos terroristas do Daesh na Bacia de Yarmuk (província de Daraa) se aproximava do fim. Por seu lado, a Al-Masdar News afirmou que ofensiva do Sudoeste tinha chegado ao seu termo, tendo em conta o «colapso» das forças extremistas, na sequência dos ferozes combates referidos. A mesma fonte indica ainda que os membros do Daesh que se renderam ao Exército sírio serão evacuados para uma zona do deserto sírio a troco da libertação das 22 mulheres que os terroristas raptaram na semana passada em Sweida, num assalto a esta província que custou a vida a cerca de 250 civis. Nas zonas libertadas da província de Daraa, nomeadamente nas localidades Yalda, Bebila e Beit Sahem, as unidades de sapadores do EAS encontraram armas, munições e medicamentos de proveniência estrangeira, segundo revelaram fontes militares, esta terça-feira, à Sana. Entre o armamento ali encontrado havia rockets, lança-foguetes e bombas de fabrico israelita, bem como equipamento de telecomunicações de origem jordana, norte-americana e koweitiano. Também em Sharaya, localidade recentemente libertada, as unidades de sapadores depararam com envólucros de mísseis TOW e dólares norte-americanos, e, num hospital improvisado, com medicamentos variados, de origem saudita e koweitiano, revela a Prensa Latina. De acordo com as autoridades, os terroristas não tiveram tempo de destruir este material face ao rápido avanço do EAS na região de Daraa. As unidades de sapadores têm como missão limpar de minas as terras recém-conquistadas, de modo a permitir o regresso rápido e seguro dos seus habitantes. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. De acordo com a imprensa síria, o Exército lançou agora uma operação militar contra os esconderijos dos terroristas que permaneceram na província de Daraa e que frustraram o acordo de reconciliação alcançado em 2018. De acordo com Damasco, a província, junto à fronteira com a Jordânia, tem sido alvo de ataques e atentados frequentes nos últimos tempos, sobretudo contra militares sírios, mas também contra alguns civis e autoridades locais. Para o governo sírio, que acusa os grupos extremistas de estarem a cumprir instruções dos seus financiadores e patrocinadores no estrangeiro, a libertação total de Daraa afigura-se de crucial importância, tendo em conta a proximidade dos Montes Golã ocupados por Israel. As provas da colaboração estreita, a nível militar e médico, do Estado sionista com os terroristas acumularam-se ao longo dos anos. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. Acordos de reconciliação, também patrocinados pela Rússia, ajudaram a libertar a região. Recentemente, no entanto, a província voltou a ser alvo de ataques e atentados frequentes, sobretudo contra militares sírios, mas também contra alguns civis e autoridades locais. Quando o Exército começou a montar o cerco aos terroristas e a lançar a ofensiva para os expulsar, as agências humanitárias ao serviço do imperialismo acusaram logo o «regime de Assad» de atrocidades. O Reino Unido, os EUA e a União Europeia também afinaram sem demora a orquestra mediática contra a ofensiva – à qual Damasco respondeu lembrando-lhes o «seu apoio ao terrorismo». Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. O oficial disse ainda que, até ao momento, tinham sido indultadas quase três mil pessoas, entre militantes armados, procurados e desertores, que entregaram voluntariamente as suas armas. Entretanto, noticia a agência SANA, este processo continua, enquanto os sapadores do Exército limpam espaços urbanos e zonas agrícolas em redor para detectar minas, explosivos, armas e munições. Viaturas do Exército e da província de Daraa têm estado a remover escombros e reabrir ruas, e equipas de engenheiros estão a avaliar danos para poderem reabilitar escolas, centros de saúde e outros espaços públicos. Grande esforço está também a ser realizado pelas autoridades, segundo revela a SANA, para que o serviço de electricidade seja restaurado, prevendo-se que a luz comece a voltar a Daraa al-Balad e zonas circundantes esta quinta-feira. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Internacional|
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Esta quinta-feira, a PressTV revela que o congressista norte-americano Jamaal Bowman apresentou uma emenda à lei de despesa anual na defesa, que impediria que os fundos fossem destinados à presença militar de Washington na Síria.
A emenda, que foi apoiada pelos congressitas Rashida Tlaib, Jan Schakowsky, Ro Khanna, Peter DeFazio, Ritchie Torres e Steve Cohen, visa proibir os fundos da National Defense Authorization Act (lei de autorização de defesa nacional) de serem utilizados para perpetuar a presença norte-americana no país sem a aprovação do Congresso.
«Demasiadas vidas sírias foram perdidas como consequência da política desastrosa dos EUA, mas o presidente Biden tem uma oportunidade incrível para mostrar liderança mais uma vez no palco internacional», disse Bowman num comunicado.
«Insto todos os meus colegas a juntar-se a mim no apoio a esta emenda e a acabar a intervenção militar dos EUA na Síria o mais rapidamente possível», frisou.
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