A mobilização, que teve lugar no sábado, contou com a participação de 20 mil pessoas, de acordo os organizadores – a campanha Raise the Roof, que reúne sindicatos, partidos progressistas e de esquerda, movimentos pelo direito à habitação, organizações de estudantes, associações de defesa dos sem-abrigo, entre outras.
Sinn Fein, People Before Profit, Partido Comunista da Irlanda e Partido dos Trabalhadores da Irlanda foram alguns dos partidos que se fizeram representar na marcha de protesto.
Considerando a gravidade da situação, os manifestantes defenderam que o governo de coligação (conservadores/democratas-cristãos, liberais, verdes e independentes) deve tomar medidas com carácter urgente. Estas devem basear-se numa nova política de habitação, em que os preços sejam acessíveis para todos e possibilitem um nível de vida «decente» às famílias.
Num manifesto que a Raise the Roof tem andado a divulgar e que está acessível na Internet, exige-se igualmente o fim dos despejos, estabilidade para os inquilinos e habitação pública de qualidade.
O Ministério venezuelano do Habitat e da Habitação revelou, esta quinta-feira, que 4,2 milhões de casas foram construídas ao abrigo do programa surgido por iniciativa do comandante Hugo Chávez. Já há alguns dias que se anunciava que a nova marca ia ser atingida em Outubro. Segundo divulgou o Ministério do Habitat e da Habitação na sua conta de Twitter, foi ontem que as autoridades venezuelanas chegaram aos 4 200 000 de casas construídas, que «são garantia do povo com casa própria». Para a tutela, o país «está em festa, porque, apesar das dificuldades», a Gran Misión Vivienda atinge a marca de 4 200 000 casas entregues, «cumprindo o sonho das famílias, que são protegidas pela Revolução Bolivariana». Por seu lado, o Gabinete da Presidência indicou que a Grande Missão Habitação Venezuela dignificou o país e tem como meta construir cinco milhões de casas. Na sua conta de Twitter, o chefe de Estado reafirmou esta quinta-feira o êxito da política habitacional no país. «A vida que estamos a construir para o povo venezuelano anda de mãos dadas com uma política vitoriosa e imparável: a Grande Missão Habitação Venezuela, casas dignas, valores comunitários. Assim construímos o Socialismo!», escreveu Nicolás Maduro. O programa Grande Missão Habitação Venezuela nasceu em Maio de 2011 por iniciativa do então presidente da República, Hugo Chávez, que afirmava que «o problema da habitação não tem solução no capitalismo». Com o propósito de enfrentar a abordagem especulativa e capitalista do sector privado ao direito à habitação, Chávez sublinhou que, para assegurar a pessoas de baixos recursos uma casa digna e o acesso a serviços básicos, a resposta estava no socialismo, «em mais socialismo». No dia 26 de Dezembro de 2019, o programa alcançou a meta dos três milhões de casas entregues; no passado dia 7 de Abril, chegou aos quatro milhões e, a 23 de Junho último, aos 4,1 milhões, um marco histórico, com relevo acrescido no contexto das dificuldades impostas ao país caribenho, nomeadamente o cerco económico e financeiro dos EUA e seus aliados. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Internacional|
Programa Gran Misión Vivienda consolida direito à habitação na Venezuela
Garantir o direito à habitação digna
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O documento, em que se reclama a consagração do direito legal à habitação e a constituição de um programa dirigido pelo Estado tendo como função garantir a concretização desse direito, analisa as «más políticas» dos últimos anos no sector, que têm afectado várias cidades irlandesas – com destaque para Dublin.
Com a crise do custo de vida e o aumento da inflação no último ano, tornou-se mais difícil fazer frente aos preços das casas e pagar as rendas, pelo que o número de despejos aumentou e o de pessoas sem-abrigo também.
De acordo com um inquérito da associação Simon Community, que dá apoio a sem-abrigo, entre Setembro de 2021 e Setembro de 2022, registou-se um aumento de 29,5% de pessoas em centros de acolhimento de emergência para sem-abrigo.
A situação de crise no sector da habitação não é nova e a campanha Raise the Roof tem organizado múltiplas mobilizações pelo país em defesa do direito à habitação. Do mesmo modo, organizações como o Community Action Tenants Union (CATU) e o Connolly Youth Movement (CYM) também têm estado activas na resistência aos despejos, no apoio aos sem-abrigo e na organização de protestos, indica o Peoples Dispatch.
Responder à situação de emergência com iniciativa pública
«O governo deve reconhecer a emergência na habitação e tomar medidas imediatas», que passam por «proibir os aumentos das rendas», «transformar as casas devolutas em locais habitados» e, sobretudo, «duplicar a despesa na construção de habitação pública em terrenos públicos», sublinhou Paul Gavan, deputado pelo Sinn Fein, que chamou a atenção para o elevado número de pessoas sem-abrigo no país europeu: 11 397, segundo dados oficiais.
«Com o Natal a aproximar-se, a Irlanda tem rendas recorde, preços de casas recorde e níveis recorde de sem-abrigo», disse ao Peoples Dispatch. «Em resultado disto, o espectro da emigração voltou, com muitos jovens a sentirem que não têm mais remédio que deixar o país, em vez de ficarem presos numa casa incrivelmente cara ou com os seus pais até já andarem bem pelos trintas», acrescentou.
Por seu lado, Graham Harrington, do Partido Comunista da Irlanda, destacou que «a catástrofe da habitação na Irlanda» é um resultado esperado de políticas em que as casas foram «mercantilizadas» e se tornaram «bens de investimento».
«O resultado é um grande número de pessoas sem-abrigo, rendas altíssimas, tantos despejos agora como nos anos da Fome e um dos níveis mais elevados de casas devolutas no mundo – tudo para garantir mais lucro aos senhorios», alertou.
Em seu entender, a solução passa pela organização das pessoas e, por outro lado, por «habitação pública universal, com as rendas associadas aos rendimentos». Trata-se da «reconquista dos meios básicos de vida», disse.
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