A aviação israelita atacou, esta quinta-feira, apartamentos a norte de Khan Yunis, provocando a morte de três pessoas, incluindo Ali Hassan Ghali, um comandante das Brigadas Al-Quds, a ala militar da Jihad Islâmica.
Trata-se do quarto comandante da Jihad Islâmica da Palestina a ser assassinado no espaço de 48 horas.
Entretanto, o movimento de resistência advertiu o governo de Telavive para as consequências destes bombardeamentos, que contaram com a luz de verde de Washington e contam com o apoio expresso de Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional dos EUA, que esta quinta-feira reafirmou o direito de Israel à «auto-defesa».
Neste contexto, a resistência palestiniana retomou esta madrugada o lançamento de rockets para os territórios ocupados por Israel, que activou o sistema Cúpula de Ferro para os tentar deter.
Segundo refere a Al Mayadeen, com base na imprensa israelita, na quarta-feira, cerca de 500 rockets foram lançados a partir da Faixa de Gaza em resposta à agressão israelita, no âmbito de uma operação denominada Vingança dos Livres.
Israel bombardeou, esta madrugada, a Faixa de Gaza, provocando a morte de 13 palestinianos, incluindo quatro crianças e quatro mulheres. Os EUA foram previamente informados da agressão militar. Aviões e drones das forças militares de Telavive atacaram casas e edifícios residenciais na Faixa de Gaza, esta madrugada, no contexto de uma operação dirigida contra membros do movimento de resistência Jihad Islâmica. Segundo revela o canal libanês Al Mayadeen (tal como outros meios de comunicação), foram mortas três figuras de relevo do movimento: Jihad Ghannam, Khaled al-Bahitini e Tariq Izz al-Din. A operação já estava a ser preparada há algum tempo e Israel escolheu o momento, refere a mesma fonte, precisando que a agressão foi aprovada no fim-de-semana passado e que o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita falou sobre ela ao Secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken. O Ministério palestiniano da Saúde confirmou a morte de 13 pessoas – entre as quais se encontram quatro crianças e quatro mulheres – e a existência de 20 feridos, alguns dos quais em estado grave. Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros referiu-se a este «crime horrendo» como um «prolongamento da guerra aberta da ocupação contra o povo e os seus justos e legítimos direitos nacionais». A declaração, divulgada pela Wafa, responsabiliza «total e directamente» o governo de Benjamin Netanyahu por esta agressão e as suas consequências, classificando-a como «uma escalada perigosa que ameaça uma explosão geral». Insistiu, além disso, no pedido de ajuda à «comunidade internacional», para que intervenha com urgência e «pare o ataque ao povo palestiniano». Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Internacional|
Aviação israelita bombardeia Gaza e mata 13 palestinianos
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Essa mesma imprensa refere que a estrutura militar e de segurança da ocupação está a preparar-se para uma ampla resposta da resistência, na sequência do assassinato de vários dirigentes da Jihad Islâmica.
Fontes de uma sala conjunta de operações das várias facções palestinianas revelaram ao canal libanês que existe consenso no seio da resistência quanto a uma posição de compromisso para travar os «crimes israelitas».
Também deram conta de «pressões da parte da ocupação, por via de vários mediadores, para se chegar a um cessar-fogo», mas sublinhando que «a resistência permanece firme na sua exigência de um claro compromisso [israelita] para acabar com a política de assassinatos».
Agressão condenada pela Liga Árabe
Ontem, o Conselho da Liga Árabe, reunido no Cairo, expressou solidariedade total ao povo palestiniano e apoio à sua firmeza frente à agressão contínua israelita, sublinhando o seu legítimo direito à defesa neste contexto.
Numa declaração divulgada pela Wafa, o Conselho condenou a agressão generalizada ao povo palestiniano na Faixa de Gaza cercada, na Cisjordânia e em Jerusalém ocupadas, solicitando protecção para o povo palestiniano.
Pediu ainda ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que assuma as suas responsabilidades na manutenção da paz e da segurança internacionais, e que exerça a pressão necessária sobre Israel, a potência ocupante.
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