Na sua conta de Twitter (X), o chefe de Estado reafirmou «o firme apoio» da Ilha ao processo apresentado pela África do Sul no Tribunal de Internacional de Justiça, em Haia, contra Israel «pelos crimes e actos genocidas cometidos contra o povo palestiniano».
À sua breve mensagem, o presidente cubano anexou a declaração emitida também esta quinta-feira pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros (Minrex) do país caribenho, de apoio a um processo jurídico que «deve ser entendido e atendido como um apelo urgente a travar os horríveis crimes internacionais de genocídio, contra a humanidade e apartheid» perpetrados pelo Estado sionista de Israel.
No texto, a diplomacia cubana manifesta a sua «profunda preocupação com a contínua escalada de violência por parte de Israel nos territórios palestinianos ilegalmente ocupados, em flagrante violação da Carta das Nações Unidas e do Direito Internacional».
Desde 7 de Outubro, devido aos bombardeamentos israelitas, mais de mil crianças palestinianas perderam uma ou as duas pernas, na Faixa de Gaza, revelou a organização Save the Children. Muitas destas amputações foram realizadas sem anestesia, uma vez que o sistema de saúde se encontra paralisado pelo conflito e existe uma enorme escassez de médicos e enfermeiros, bem como de material médico, como anestesia e antibióticos, alertou a organização não governamental em nota de imprensa ontem publicada. «Vi médicos e enfermeiros completamente esmagados quando as crianças chegam com ferimentos de explosões», disse Jason Lee, director da Save the Children para os territórios palestinianos ocupados. «O impacto de ver crianças com tantas dores e não ter equipamentos, medicamentos para as tratar ou aliviar a dor é demais mesmo para profissionais experientes», assinalou. Jason Lee disse que as crianças pequenas apanhadas em explosões são particularmente vulneráveis a lesões graves, que mudam as suas vidas para sempre. O Crescente Vermelho da Palestina instou a comunidade internacional e as organizações humanitárias a intervir para travar os ataques israelitas contra as suas instalações e o Hospital al-Amal. Em comunicado, o organismo instou o mundo a proteger o pessoal médico, os pacientes e os cerca de 14 mil deslocados que se encontram refugiados no centro hospitalar de al-Amal, na cidade de Khan Younis, no meio dos intensos bombardeamentos israelitas. O Crescente Vermelho disse que as forças de ocupação atacaram vários andares da sua sede nos últimos três dias, com o mais recente bombardeamento a ocorrer hoje, refere a agência Wafa. A este propósito, precisou que o ataque contra a sede provocou a morte de sete pessoas deslocadas, incluindo um bebé de cinco dias, e deixou feridas mais 11 pessoas. O Ministério palestiniano da Educação informou, esta terça-feira, que 4156 estudantes perderam a vida e 7818 ficaram feridos, em Gaza e na Cisjordânia, desde o início da mais recente agressão sionista. Um comunicado emitido ontem pela tutela palestiniana da Educação precisa que, desde 7 de Outubro, 4119 estudantes foram mortos e 7536 ficaram feridos, na Faixa de Gaza, como resultado da agressão israelita. Já na Margem Ocidental ocupada, perderam a vida 37 estudantes, 282 ficaram feridos e 85 foram detidos pelas forças israelitas no mesmo período. O Ministério referiu ainda que, no enclave costeiro, foram mortos 201 professores e administradores escolares, enquanto 703 ficaram feridos. No mesmo período, a tutela registou cinco docentes palestinianos feridos e 71 detidos pelas forças de ocupação na Cisjordânia. O documento, a que várias agências dão eco, destacou o facto de a ocupação ter bombardeado 343 escolas na Faixa de Gaza, incluindo 278 infra-estruturas de ensino governamentais e 65 da UNRWA (Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina). Destas, sete foram completamente arrasadas e 83 sofreram danos de monta. Já na Margem Ocidental, as forças de ocupação invadiram e atacaram 38 escolas. De acordo com o Ministério palestiniano da Educação, os bombardeamentos israelitas afectaram 90% das escolas governamentais e infra-estruturas educativas na Faixa de Gaza, que nalguns casos foram atacadas directamente e noutros sofreram danos colaterais. O documento refere ainda que 133 escolas estão a ser utilizadas como centros de refúgio na Faixa de Gaza. Dezenas de civis palestinianos foram mortos ou ficaram feridos, na madrugada e manhã desta quarta-feira, na sequência de ataques israelitas no enclave costeiro, informa a agência Wafa. Os bombardeamentos foram particularmente intensos nas zonas Centro e Sul da Faixa de Gaza, refere a agência, que dá conta de ataques a Rafah e Khan Younis, bem como aos campos de refugiados de Nuseirat, al-Maghazi e Bureij. Entretanto, a escalada de tensão aumentou na Cisjordânia ocupada, na sequência do ataque israelita com drone a um subúrbio do Sul de Beirute, no Líbano, que provocou a morte a sete pessoas, incluindo Saleh al-Arouri, vice-presidente do Hamas. Em várias cidades da Margem Ocidental ocupada houve manifestações e confrontos com as forças israelitas, e, hoje, a região amanheceu em situação greve de geral, refere a Prensa Latina, depois de partidos, facções e governo palestinianos terem condenado o assassinato, entre afirmações de «reforço da determinação de resistir» e alertas para as consequências que «o acto terrorista» terá para a região. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. Há cerca de duas semanas, o Crescente Vermelho denunciou também os ataques sistemáticos das tropas israelitas às suas ambulâncias e equipas de salvamento nos territórios ocupados. Em declarações à imprensa, o director do Departamento de Ambulâncias e Emergências do Crescente Vermelho palestiniano na Cisjordânia ocupada, Ahmed Jibril, alertou que essa estratégia não é nova, mas que se intensificou. Tendo como base fontes locais e hospitalares, a agência Wafa dá conta de intensos bombardeamentos israelitas por ar, terra e mar contra o enclave costeiro, entre ontem à noite e esta manhã. Apesar de alguns ataques registados na Cidade de Gaza e arredores, a ofensiva israelita centrou-se sobretudo no Centro e no Sul do território, visando cidades como Khan Younis e Rafah (Sul), bem como al-Zawaida, Deir al-Balah e os campos de refugiados de Nuseirat, al-Maghazi e Bureij (Centro), que provocaram dezenas de mortos. No campo de al-Maghazi, denunciou o Crescente Vermelho, as forças israelitas atacaram a casa do director do Centro de Ambulâncias da Província Central, Anwar Abu Houli, provocando pelo menos dois mortos e cinco feridos, com várias pessoas ainda sob os escombros. Dados preliminares indicam que a mais recente agressão israelita à Faixa de Gaza provocou mais de 22 400 mortos, incluindo 9730 menores e 6830 mulheres. Mais de 7000 pessoas encontram-se desaparecidas e o número de feridos é superior a 57 600. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. «Têm o pescoço e o torso mais frágeis, pelo que é necessária menos força para causar uma lesão cerebral. Os seus crânios ainda não estão totalmente formados e os seus músculos subdesenvolvidos oferecem menos protecção, pelo que é mais provável que uma explosão destrua órgãos no seu abdómen, mesmo quando não há danos visíveis», referiu. «O sofrimento das crianças neste conflito é inimaginável e ainda mais porque é desnecessário e completamente evitável», disse Lee, sublinhando que «este sofrimento, o assassinato e a mutilação de crianças são condenados como uma violação grave». Neste sentido, defendeu que os seus perpetradores devem ser responsabilizados. «A menos que a comunidade internacional tome medidas para defender as suas responsabilidades ao abrigo do Direito Internacional Humanitário e para prevenir os crimes mais graves a nível internacional, a história irá e deverá julgar-nos a todos», afirmou. Dados preliminares ontem divulgados indicam que a mais recente agressão israelita à Faixa de Gaza provocou pelo menos 22 835 mortos, 70% dos quais são menores e mulheres. Mais de 7000 pessoas encontram-se desaparecidas e o número de feridos é superior a 58 300, refere a Wafa. De acordo com a agência estatal, os ataques israelitas ao enclave costeiro nas últimas horas provocaram pelo menos 73 mortos e cerca de 100 feridos, sobretudo nas regiões Centro e Sul do território. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Internacional|
Mais de mil crianças com pernas amputadas pelas bombas israelitas em Gaza
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Crescente Vermelho reclama intervenção internacional urgente em Gaza
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Mais de 4000 estudantes palestinianos mortos durante a agressão israelita
Bombardeamentos israelitas em vários pontos de Gaza
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Bombardeamentos israelitas provocam dezenas de mortos em Gaza
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Expressa ainda, mais uma vez, a condenação enérgica dos «assassinatos de civis, especialmente de mulheres, crianças e trabalhadores humanitários do sistema das Nações Unidas», bem como dos «bombardeamentos indiscriminados contra a população civil palestiniana» e da «destruição de casas, hospitais e infra-estruturas civis».
«Israel continua a actuar com total impunidade porque conta com a protecção cúmplice dos Estados Unidos, que obstrui e veta de forma reiterada a acção do Conselho de Segurança, o que mina a paz, a segurança e a estabilidade no Médio Oriente e a nível mundial», destaca.
O documento recorda igualmente que «a República de Cuba é Estado Parte, desde 1953, da Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio, e, em conformidade com os compromissos adquiridos nesse contexto, tem a obrigação de prevenir e punir o genocídio».
A declaração do Minrex sublinha que, «apesar dos reiterados apelos à paz nos territórios ilegalmente ocupados, desde há 75 anos que a prática de um crime de genocídio tem vindo claramente a ganhar forma, que actualmente adquire proporções extremas».
O actual contexto, afirma a diplomacia, «exige a acção conjunta dos povos e governos do mundo, para travar de imediato o extermínio indiscriminado de crianças, mulheres e população civil em geral».
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