Entre Janeiro e Junho deste ano, as vendas para o exterior ascenderam a 7,95 mil milhões de dólares, o que representa um aumento de 21,2% face ao ano anterior e equivale a 52,3% do plano definido para 2024, informou o ministério esta terça-feira.
Segundo indica a Vietnam News Agency (VNA), isto resultou num excedente comercial de 6,67 mil milhões de dólares – 21,6% superior ao do período homólogo.
Os EUA e a China são os principais importadores de madeira vietnamita, numa lista em que também se destacam o Japão, a República da Coreia e países da União Europeia.
Num país cuja massa florestal foi arrasada pela guerra, é dada grande ênfase à reflorestação, à protecção da biodiversidade e à preservação, mas também à defesa de um importante recurso, cujas exportações assumiram um peso crescente na economia.
As autoridades estimam que a área total de florestas plantadas atinja os 245 mil hectares ao longo deste ano e destacam novas abordagens, como a gestão da qualidade das mudas para melhorar a qualidade das florestas, bem como iniciativas para transformar florestas de pequena escala em florestas de grande escala.
Desse modo, refere a VNA, procura-se promover uma gestão florestal sustentável. Actualmente, o país do Sudeste Asiático conta com 495 mil hectares de florestas com certificado de gestão sustentável.
Um sector forte e em desenvolvimento, mas ainda com dificuldades
No final de Maio, Do Xuan Lap, presidente da Associação Vietnamita da Madeira e dos Produtos Silvícolas (ViForest), destacou o facto de o país se encontrar entre os principais exportadores de madeira do mundo, chegando a 170 países e territórios, e com uma presença já mais vincada no Médio Oriente e na Índia.
Lap disse que o Vietname afirmou a sua posição no mercado mundial graças às vantagens que detém no desenvolvimento florestal, às políticas de apoio ao sector e à adesão a acordos de comércio.
Também destacou o facto de as empresas vietnamitas estarem a investir em novas tecnologias e na transformação digital com vista ao desenvolvimento de novos produtos e serviços.
Ainda assim, refere a VNA, reconheceu algumas dificuldades, tendo afirmado que, se a produção e as exportações no sector têm crescido de forma contínua ao longo dos anos, ainda dependem de mão-de-obra barata e matérias-primas, sem que o valor acrescentado dos produtos seja grande.
Lap chamou ainda a atenção para o facto de a maior parte das empresas vietnamitas serem de pequena dimensão e poderem ter dificuldades na resposta às flutuações repentinas e contínuas do mercado.
«Os produtos vietnamitas raramente são distribuídos directamente aos clientes, mas sim através de canais de distribuição estrangeiros e empresas estrangeiras», acrescentou.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui