O território mais recente a ser declarado livre de analfabetismo pelas autoridades educacionais hondurenhas foi Comayagua, onde 37 775 pessoas aprenderam a ler e a escrever.
De acordo com fontes da imprensa local, neste departamento da região Centro-Oeste, 29 242 pessoas foram alfabetizadas com recurso à iniciativa estatal, enquanto 8533 recorreram a programas alternativos.
Dabiel Sponda, ministro hondurenho da Educação, sublinhou a importância do programa de alfabetização promovido pelo executivo liderado pela presidente Xiomara Castro, com o qual a tutela conseguiu reduzir a taxa de analfabetismo para 1,7% – um dado a que o ministro se referiu como «histórico».
Em Outubro, ao declarar o terceiro departamento livre de analfabetismo no país, Esponda lembrou que, quando assumiu o cargo, essa taxa rondava os 11%, e que a liderança de Castro está a fazer «justiça ao povo hondurenho».
«Hoje podemos dizer com orgulho que estamos a reduzir o nível de analfabetismo, oferecendo oportunidades reais de desenvolvimento», afirmou Sponda, citado pela Prensa Latina.
O objectivo do governo é declarar o país centro-americano como território livre de analfabetismo no final deste ano, contando para esse efeito com o trabalho que 123 especialistas cubanos na matéria estão a desenvolver nas Honduras.
Acabar com o analfabetismo, com a ajuda de educadores cubanos
A equipa de trabalho cubana espalhou-se por todos os municípios do país centro-americano, tendo como tarefas principais a assessoria e a organização da campanha nacional de alfabetização.
Trata-se da segunda missão de educadores cubanos presente nas Honduras, cuja constituição é subsequente à assinatura de um acordo por responsáveis de ambos os países, em 2022, visando a implementação do método «Sim, eu posso», a erradicação do analfabetismo do país e o reforço do sector da Educação – uma das prioridades expressas pelo executivo liderado por Xiomara Castro.
Numa entrevista à Prensa Latina em Dezembro desse ano, o ministro hondurenho da Educação lembrou que uma primeira brigada de docentes da Ilha havia chegado ao país em 2006, quando «estivemos, então, a escassos três meses de declarar o país livre de analfabetismo».
«Lamentavelmente, a extrema-direita fez um golpe de Estado contra o governo do então presidente Manuel Zelaya (2006-2009), mas a missão cubana de então deixou os índices de analfabetismo quase abaixo dos 6%», referiu.
Entretanto, centenas de professores voluntários juntaram-se a esta tarefa de alfabetização, bem como estudantes no último ano da licenciatura.
Em 2022, de acordo com dados oficiais, mais de 700 mil pessoas não sabiam ler nem escrever nas Honduras.
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