NATO

O conceito só não assenta que nem uma luva na classe política ocidental porque esta aperfeiçoou-o, transformou essa desconexão numa outra e paralela realidade na qual tenta convencer-nos a viver, nem que seja à força ou insistindo em truques de ilusionismo, manipulando os nossos cérebros.

Os comentadores pairam sobre nós fazendo o papel de missionários que recomendam com uma paciente mas firme veemência o que devemos pensar, como devemos agir, mesmo que os factos apontem, com a sua maldosa lógica, em sentido diferente ou até contrário.

Um simples raciocínio aristotélico revela-nos que a NATO recorre ao nazi-fascismo como parte do seu arsenal de metodologias para tentar governar o mundo, preservar a ordem totalitária «baseada em regras».

Ao que acontece na capital francesa não lhe chamem Jogos Olímpicos. É antes um megafestival desportivo internacional viciado sob os pontos de vista competitivo e ético muito antes de iniciado.

Estivemos perante a inquietante prestação dos dois putativos chefes do império norte-americano, ou seja, do globalismo, do «mundo civilizado», os patrões dos nossos políticos «vocacionados» para o poder, os donos das nossas vidas.

Mais do que masoquista perante os seus patronos norte-americanos, a Europa tem vocação suicida. Quem sofre são os povos, nunca as classes políticas, até ao dia em que a paciência das populações se esgote e se inicie o inevitável ajuste de contas com o regime federalista e sociopata pan-europeu.

Levar a sério o significado que Washington, Bruxelas e a NATO pretendem dar actualmente ao desembarque na Normandia equivale a acreditar que uma equipa de futebol amadora com apenas cinco jogadores foi capaz de derrotar o campeão mundial até então invencível e no zénite do seu esplendor.

É cada vez mais importante lutar pela liberdade e contra a censura no mundo digital. Lutar por exigir redes transparentes, de acesso livre, e a proibição total da recolha, armazenamento e tratamento de dados pessoais. 

Hoje, quando a comunicação social corporativa e afim, mesmo que em mãos públicas, aborda o 25 de Abril que a libertou, normalmente fá-lo segundo uma versão da revolução infectada pelo vírus de Novembro.