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Adesão de 80% exprime urgência em valorizar enfermeiros da Misericórdia de Lisboa

Estes profissionais são «altamente desvalorizados», seja nos salários como na «impossibilidade de progressão», afirmou Isabel Barbosa, dirigente do SEP/CGTP, presente na concentração que juntou hoje dezenas de enfermeiros.

Paulo de Sousa foi nomeado pelo Governo PSD/CDS-PP para a presidência da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa em Maio de 2024 
Paulo de Sousa foi nomeado pelo Governo PSD/CDS-PP para a presidência da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa em Maio de 2024 Créditos / Lusa

Mais de 40 enfermeiros da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) concentraram-se hoje em frente à sede da instituição. À Agência Lusa, Isabel Barbosa, dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP/CGTP-IN), que convocou a greve aos turnos da manhã e da tarde de 11 de Abril, destacou a adesão de cerca de 80% dos 400 enfermeiros da SCML, com vários pólos a registar um apoio «total» à paralisação.

Exemplo disso são os espaços da SCML da Mitra, do Lar Quinta das Flores, Maria José Nogueira Pinto, o pólo Oriental, Santa Joana Princesa, Quinta Alegre, Nossa Senhora do Carmo, Residência Campolide ou na Tapada, em que nenhum enfermeiro se apresentou hoje ao trabalho.

Em comunicado enviado ao AbrilAbril, o SEP considera que a actualização da tabela remuneratória na Administração Pública em Novembro de 2024 deve repercutir-se na vida dos enfermeiros da SCML, «tal como o descongelamento ocorrido entretanto». O sindicato exige também que, nesta actualização, seja considerada e acautelada a antiguidade para além de que «as funções de especialista e de gestor» sejam devidamente valorizadas.

Face à recusa da SCML em negociar nestes termos, muito embora tenha registado «um lucro de quase 28 milhões de euros no ano de 2024», Isabel Barbosa considera que a adesão expressiva destes profissionais à greve «mostra bastante a insatisfação destes enfermeiros, que se sentem altamente desvalorizados, quer na tabela salarial, que se encontra bastante abaixo da administração pública, quer também pela impossibilidade de progressão».

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