Num comunicado distribuído aos clientes durante uma concentração junto à loja de Vila Nova de Gaia, no passado dia 16, o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN) acusa a empresa de «bater o recorde de vendas» – 18 milhões de euros em 2016 em Portugal – e investir milhões de euros nas lojas, mas não fazer «nada» para melhorar as condições dos trabalhadores.
Os trabalhadores denunciam que a empresa tem procedido a aumentos discriminatórios de 1,5%, em 2017, que «em salários tão baixos, são migalhas», e sublinham que o subsídio de alimentação «é vergonhoso e não é aumentado desde 2001».
O comunicado refere que os trabalhadores «nem têm direito a sapatos no fardamento», sendo no entanto obrigatório adquirir «um tipo de calçado nas condições exigidas pela empresa», para além de não haver direito a seguro de saúde para todos, «apenas para as chefias».
No El Corte Inglés, «os trabalhadores continuam à espera de aumentos de salários que melhorem o seu poder de compra, de uma sala de descanso, de respeito pelo direito às pausas, de poderem ir à casa de banho quando necessitam, de beber água sem serem perseguidos pelas chefias, de melhores detectores de alarmes/notas falsas», refere o comunicado distribuído.
Os trabalhadores queixam-se ainda de os objectivos das vendas serem cada vez maiores, «impossíveis de atingir», afirmando que a empresa o faz propositademente para pagar menos comissões. Acrescentam que «são instaurados processos disciplinares abusivos e falsos», que «denigrem a imagem dos trabalhadores e provocam um ambiente de terror e opressão», sublinhando que muitos estão «com problemas psicológicos e de baixa».
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui