A quarta edição do Encontro da Canção de Protesto (ECP) reúne, na morena vila de Grândola, «sessões testemunhais, de cinema documental e canto livre, colóquios, exposições e concertos», dedicadas à Canção de Protesto na Ditadura Brasileira e na Era de Bolsonaro, à Canção de Protesto em Portugal no Abraço Europeu e à relação entre Música e Conflito».
Grândola volta a receber, nos dias 10, 11 e 12 de Setembro de 2021, o Encontro da Canção de Protesto. Discos lançados em 1971 por Zeca Afonso, José Mário Branco e Sérgio Godinho são um dos destaques. A edição deste ano é dedicada «ao hino, A Internacional, e às canções da Comuna de Paris, bem como aos discos de José Afonso, José Mário Branco e Sérgio Godinho gravados em 1971, em Hérouville». Comemora-se, em 2021, os 150 e os 50 anos volvidos sobre estes acontecimentos, respectivamente. O programa é composto por uma «exposição produzida pelo Observatório da Canção de Protesto (OCP) para o efeito, seis espectáculos musicais inéditos, três sessões testemunhais, uma de cinema documental, uma sessão de canto livre internacional e um colóquio». O concerto está inserido em mais um Encontro da Canção de Protesto, que arranca esta quinta-feira em Grândola, no distrito de Setúbal. «Espectáculos musicais, exposições e documentários dedicados à temática do exílio, e colóquios, sessões testemunhais e de canto livre, em que estarão presentes figuras relacionadas com os universos de José Mário Branco e com a canção de protesto» preenchem o programa da iniciativa do Observatório da Canção de Protesto (OCP). O Encontro abre hoje, às 21h, no Cine Granadeiro, com a inauguração da exposição «Emigração, exílio e canção de protesto». Amanhã, pelas 21h30, Sérgio Godinho e os Assessores farão uma viagem musical pela carreira do cantor, compositor, escritor, actor de teatro e cinema, «com a recriação de algumas canções que marcaram os discos Os sobreviventes e Pré-Histórias – gravados em 1971 e 1972, respectivamente, em França – e a interpretação de outras, mais ou menos recentes, poeticamente associadas ao conceito de exílio», lê-se na apresentação. Nasceu da parceria entre o Município de Grândola (entidade promotora), a Associação José Afonso, a Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense e os institutos da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa: Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical (CESEM), Instituto de Etnomusicologia – Centro de Estudos em Música e Dança (INET-md) e Instituto de História Contemporânea (IHC). No sábado, o Cine Granadeiro vai acolher um conjunto de sessões testemunhais dedicadas aos universos do cantautor, protagonizadas por personalidades como Ana Matos Fernandes (Capicua), Carlos Fragateiro, Francisco Fanhais, Mário Vieira de Carvalho, Nuno Santos (Prétu Chullage) e Sérgio Godinho. O Encontro da Canção de Protesto de 2020 encerra no Cine Granadeiro, no domingo (20), com o encontro-colóquio «Contra as ditaduras erguer a voz e cantar» e a actuação do Coro da Casa da Achada – Centro Mário Dionísio. Criado em Março de 2015 (ver caixa), o Observatório da Canção de Protesto (OCP) tem como objectivo o estudo, salvaguarda e divulgação do património musical, tangível e intangível, da canção de protesto, produzido durante os séculos XX e XXI. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. De entre as várias sessões preparadas para as manhãs, tarde e noites dos dias 10, 11 e 12 de Setembro, destaca-se a «recriação de algumas canções que marcaram os discos Os Sobreviventes e Pré-Histórias — gravados em 1971 e 1972, em França», pelo Sérgio Godinho, assim como a «interpretação de outras, mais ou menos recentes, poeticamente associadas ao conceito de exílio». Esta apresentação, que terá lugar às 21h do dia 10, no recinto do complexo desportivo José Afonso, insere-se no âmbito das «comemorações dos 50 anos sobre a publicação do disco Romance de um Dia na Estrada e a gravação do disco Os Sobreviventes». Entre um conjunto de outras iniciativas, o Cine Granadeiro, auditório municipal de Grândola, vai acolher, entre as 10h e as 13h30, e as 16h e as 18h do dia 11 de Setembro, «um conjunto de sessões testemunhais dedicadas às geografias de Grândola, Vila Morena, aos discos de 1971 gravados em Hérouville e aos usos e contextos do hino A Internacional». Os testemunhos e intervenções ficarão a cargo do António Mota Redol, Arturo Reguera, Joana Manuel, Maite Angulo, Susana Martins, Adelino Gomes, Francisco Fanhais, José Manuel Nunes, Sérgio Godinho, Ricardo Andrade, António Moreira, Carlos Moreira, Paulo Guimarães, Samuel Quedas e Hugo Castro Anthony Seeger, sobrinho do conhecido cantor norte-americano Pete Seeger, apresentará, às 11h do dia 12, uma comunicação com «o tema, A função política e social da canção, seguida de intervenções de Diana Dionísio, Mário Correia, Salwa Castelo-Branco e João Carlos Callixto». «O Encontro da Canção de Protesto de 2021 encerra com um espectáculo dedicado ao disco Cantigas do Maio, interpretado por Francisco Fanhais, João Afonso e a Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense», que terá Rui Pato como convidado especial. A entrada em todas as iniciativas é gratuita, mediante a reserva antecipada do lugar, sujeita à lotação dos espaços. Com o objectivo de estudar, salvaguardar e divulgar o «património musical tangível e intangível da canção de protesto produzido durante os séculos XX e XXI», o OCP foi fundado em 2015, tendo como entidade promotora a Câmara Municipal de Grândola (CMG). Constituem o OCP, para além do município alentejano, a Associação José Afonso, a Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense, e os institutos da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa: Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical (CESEM); Instituto de Etnomusicologia – Centro de Estudos em Música e Dança (INET-md); e o Instituto de História Contemporânea (IHC). Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Cultura|
Encontro da Canção de Protesto: «Só tem medo desses muros quem tem muros no pensar»
Cultura|
Sérgio Godinho e os Assessores vão actuar em Grândola esta sexta-feira
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Observatório da Canção de Protesto
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O encontro arranca na sexta-feira com a inauguração da exposição Cantigas do Fogo e da Guerra, produzida pelo Observatório da Canção de Protesto (OCP), sobre música e conflito. Segue-se um concerto inédito, a realizar no recinto exterior do Complexo Desportivo José Afonso, às 21h, intitulado A História Musical Ditadura Brasileira, produzido pelo Instituto Memória Musical Brasileira especificamente para o OCP.
O primeiro dia termina com um espetáculo musical, no mesmo local, às 22h45, protagonizado pelo grupo italiano de combat folk, Modena City Ramblers.
O dia de sábado, 17 de Setembro, será, uma vez mais, dedicado a sessões de testemunho e de cinema documental, no Cine Granadeiro, contando com a participação de figuras como Luís Varatojo e Zeca Medeiros. As iniciativas, nesse dia, encerram com uma sessão de canto livre, às 22, no complexo José Afonso, com Dominique Grange e Jacques Tardi, Maria del Mar Bonet e Borja Penalba, Marina Rossell e Zeca Medeiros, com a convidada Filipa Pais.
Para fechar o ECP, a Biblioteca e Arquivo do município de Grândola acolhe o colóquio Música & Conflito, com início às 11h do dia 18 de Setembro e as participações de Mário Vieira de Carvalho, Rui Vieira Nery, Salwa Castelo-Branco e Nuno Pacheco.
Sobre esta temática estão preparados dois espetáculos: às 16h, na Biblioteca e Arquivo, a Casa da Achada apresenta um concerto sobre a crise da habitação e, de seguida, às 17h, é a vez de Kateryna Àvdysh, interpretar canções próprias e populares ucranianas.
A entrada em todas as iniciativas é gratuita, sujeita à lotação dos espaços.
Observatório da Canção de Protesto
Com o objectivo de estudar, salvaguardar e divulgar o «património musical tangível e intangível da canção de protesto produzido durante os séculos XX e XXI», o OCP foi fundado em 2015, tendo como entidade promotora a Câmara Municipal de Grândola (CMG).
Constituem o OCP, para além do município alentejano, a Associação José Afonso, a Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense, e os institutos da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa: Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical (CESEM); Instituto de Etnomusicologia – Centro de Estudos em Música e Dança (INET-md); e o Instituto de História Contemporânea (IHC).
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