Palomares, falecido em Março último, é autor de uma extensa obra, em que se destacam, entre outros, os livros Paisano (1964) e Adiós a Escuque (1975). Foi galardoado com o Prémio Nacional de Literatura (1975), o Prémio Internacional de Poesia Víctor Valera Mora (2006) e o Prémio Ibero-americano de Literatura (2010). O presidente Nicolás Maduro condecorou-o com a Ordem Libertadores da Venezuela.
Em declarações à Prensa Latina, o presidente da Casa das Letras Andrés Bello, William Osuna, realçou a importância da sua vida e obra, e fez questão de recordar o «criador sensível que cantou a natureza, mas também o beisebol, bem como o humorista e o homem preocupado com os problemas do seu país».
Osuna defende que Palomares «é um poeta da América Latina, cuja palavra de optimismo é hoje mais necessária que nunca», no contexto «dos ataques imperialistas e das ameaças provenientes da Organização dos Estados Americanos». Neste sentido, lembrou que o festival, que se iniciou no passado dia 26, tem na sua agenda a realização de tribunas anti-imperialistas com o nome de Palomares.
No decorrer da homenagem, que teve lugar na Galeria de Arte Nacional de Caracas, foi lançada uma obra relacionada com a antologia poética do autor, e o compositor Leonel Ruiz apresentou uma versão musicada do conhecido poema «Pajarito que venís tan cansado».
O encontro literário, que se prolonga até dia 2 de Julho e conta com a participação de 48 poetas dos cinco continentes e 130 da Venezuela, inclui mais de 470 actividades em todos os estados do país sul-americano, em espaços como as urbanizações da «Grande Missão Vivenda Venezuela», Bases das Missões Socialistas, comunas, praças, parques e estabelecimentos prisionais.
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