A grande festa literária do país caribenho arrancou em El Laguito del Círculo Militar de Caracas, na zona ocidental da capital, sob o lema «Ler reencontra-nos» e tendo a Colômbia como país convidado de honra.
Nos seus 95 pavilhões, o espaço da XIX Filven conta com a participação de 65 delegados internacionais e 161 nacionais, entre escritores, editores, ilustradores, artistas e outros, revelou o Ministério venezuelano da Cultura.
A edição deste ano do evento apresenta ainda uma ampla diversidade de iniciativas, que passam, entre outras, por jornadas profissionais, encontros de promoção da leitura, actividades académicas, festivais, iniciativas artísticas e infanto-juvenis, indicou o titular da pasta da Cultura, Ernesto Villegas.
Estão ainda previstas, ao longo do certame, 200 apresentações de obras, como Una vida, muchas vidas, do presidente da Colômbia, Gustavo Petro; Pirata, do venezuelano Luis Brito García; Crónica de siete días en Palestina, de Jehad Yousef, e Los reportajes en Venezuela de Gabriel García Márquez, da editorial Saber.
Na lista de figuras homenageadas nesta XIX Filven, contam-se o dramaturgo e jornalista Armando Carías, e, a título póstumo, Carmen Delia Bencomo e Domingo Alberto Rangel, ambos escritores venezuelanos centenários.
Serão igualmente homenageadas duas escritoras palestinianas: a poeta e narradora Heba Abu Nada, assassinada recentemente em Gaza pelos ataques israelitas, e a romancista Adania Shibli, que era para ter sido laureada na Feira do Livro de Frankfurt, na Alemanha, mas viu a cerimónia vetada.
Pelo seu meio século de existência, a Hermanos Vadell Editores será distinguida, assim como a Biblioteca Nacional, que completa 190 anos. O Amazonas é o estado venezuelano em destaque na feira.
Colômbia, país vizinho, convidado de honra, com ampla presença
Com o ministro da Cultura, Juan David Correa, à cabeça, a Colômbia traz à XIX Filven uma impressionante representação cultural e editorial, em que se incluem múltiplos escritores e editores, e mais de 1500 títulos, refere a Prensa Latina.
A XVIII edição da Feira Internacional do Livro da Venezuela (Filven) trouxe a Caracas escritores, poetas e jornalistas de várias partes do mundo. O país convidado era todo um continente: África. Os 11 dias do evento, que decorreu sob o lema «Ler descoloniza» e foi dedicado a África, abrangeu mais de 600 actividades na Galeria de Arte Nacional, onde 120 stands receberam centenas de visitantes. No âmbito das iniciativas programadas, foram homenageados os escritores Carmen Clemente Travieso, Iraida Vargas e Mario Sanoja, a cujas obras reeditadas o público pôde aceder. Na festa de encerramento, este domingo, o ministro venezuelano da Cultura, Ernesto Villegas, destacou que nenhuma das actividades programadas foi suspensa e comparou os resultados do evento a «um tremendo golaço da cultura, da vida e do povo». Mais de 20 países africanos marcarão presença na XVIII edição da Feira Internacional do Livro da Venezuela (Filven), que irá realizar-se este Outono em Caracas, segundo informou fonte oficial. Escritores de mais de duas dezenas de países africanos estarão presentes na XVIII Filven, que irá decorrer em Caracas de 10 a 20 de Novembro, segundo informou o vice-ministro venezuelano do Fomento para a Economia Cultural e presidente do Centro Nacional do Livro, Raúl Cazal. Em declarações a uma TV local, Cazal disse que o evento terá como sede o Palácio Federal Legislativo de Caracas e contará com uma ampla variedade de actividades, como seminários sobre literatura neo-policial, um colóquio de literatura infanto-juvenil e o encontro de escritoras «O que estou a escrever». Haverá ainda o encontro internacional de editores e escritores, além do Plano de Promoção da Leitura Manuel Vadell. À VTV, o ministro destacou que a Feira Internacional do Livro dá atenção a outras artes – não apenas à literatura – e, como tal, afirma-se como «expressão da cultura venezuelana no seu conjunto». O país convidado da XVIII edição da Filven é todo um continente: África e os seus 55 países, e é neste contexto que será realizado o VI Congresso Internacional de Saberes Africanos, Americanos e Caribenhos, indicou a fonte. As relações diplomáticas da Venezuela com os países africanos datam de há mais de 70 anos, desde que foram estabelecidos laços, em 1950, com o Egipto e a Etiópia. Actualmente, revela o Ministério venezuelano dos Negócios Estrangeiros, o país sul-americano tem relações com todos os países da União Africana e 18 embaixadas acreditadas, sendo que o presidente Nicolás Maduro aprovou recentemente a abertura de novas missões diplomáticas. Em Maio último, decorreu no país caribenho a XVII Semana Mundial de África na Venezuela, visando «honrar a herança africana» e contribuir para o reforço das relações de «cooperação, paz e solidariedade». Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença. Referindo-se à presença africana no evento, Villegas afirmou que a Filven representou «um passo na descolonização», com a aproximação a África. «Reconhecemo-nos nessa raiz que, entre outras, integram a venezuelanidade», disse, citado pela VTV. Por seu lado, o presidente do Centro Nacional do Livro da Venezuela (Cenal), Raúl Cazal, informou que na Filven estiveram presentes 20 editoriais internacionais e 57 nacionais. Disse ainda que o evento cultural contou com a presença de 65 convidados de 18 estados venezuelanos e que, entre os convidados internacionais, estiveram representantes de Angola, Senegal, Egipto, Burkina Faso, Moçambique, África do Sul, Guiné Equatorial, Guiné-Bissau, Gâmbia, Gana, Tunísia, República Democrática do Congo e Argélia. Cazal agradeceu ao público, aos escritores e aos leitores, que, juntamente com o povo, «mostraram que "ler descoloniza" e permite alcançar um país muito melhor». Ainda no âmbito do encerramento do evento, foi revelado que o vencedor da V Bienal de Poesía Juan Beroes foi o colombiano Javier Bosch, cujo prémio foi recebido pelo embaixador da Colômbia em Caracas, Armando Benedetti. A obra de Javier Bosch destacou-se entre as mais de 300 que foram enviadas a um evento que é organizado pela governação do estado de Táchira e no qual só podem participar escritores nascidos na Venezuela e na Colômbia. Raúl Cazal deu ainda informações sobre os livros mais vendidos nesta XVIII edição da Filven, onde sobressaiu La Era del Conspiracionismo, de Ignacio Ramonet. Também já se ficou a saber que a XIX edição da Feira Internacional do Livro da Venezuela terá a Colômbia como país «convidado de honra». Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Internacional|
Venezuela: Filven foi festa da cultura e «um passo para a descolonização»
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África é «convidada de honra» na Feira Internacional do Livro da Venezuela
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Na qualidade de país convidado de honra, a Colômbia organiza mais de meia centena de eventos – conferências, debates, oficinas, concertos, além de uma exposição sobre a obra La Vorágine, de José Eustasio Rivera, no âmbito dos 100 anos da sua publicação.
A presença da Colômbia na Filven 2023, marcada pela presença de vários autores indígenas, tem como lema «Elogio da hospitalidade», com o qual se pretende celebrar a história de fraternidade e aproximação cultural entre ambos os países, segundo divulgaram as autoridades de Bogotá.
Além de Colômbia e Venezuela, a XIX Filven conta ainda com escritores e editores de Argentina, Chile, Costa Rica, Cuba, El Salvador, Espanha, França, Honduras, Irão, Itália, México e Uruguai.
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