|Saara Ocidental

Centenas manifestaram-se pela liberdade do povo saarauí no País Basco

Em mobilizações que tiveram lugar este domingo nas capitais da Biscaia, Álava e Guipúscoa, exigiu-se a celebração do referendo de autodeterminação e denunciou-se a jogada recente de Donald Trump.

Créditos / ecuadoretxea.org

Centenas de pessoas percorreram as ruas de Bilbau, Vitória-Gasteiz e Donostia em solidariedade com o povo saarauí e para protestar contra o reconhecimento recente, pelos EUA, da «soberania» de Marrocos sobre os territórios ocupados do Saara Ocidental.

Em Bilbau, cerca de 500 pessoas participaram na manifestação convocada pelo Movimento Saara Euskadi e pela Delegação da Frente Polisário na Comunidade Autónoma Basca. Seguindo atrás de uma bandeira saarauí de grandes dimensões, exibiram pancartas em que exigiam a liberdade para o Saara Ocidental e gritaram palavras de ordem como «Marrocos culpado» e «assassino», «liberdade vencerá» e «viva a luta do povo saarauí», informa o portal eitb.eus.

Numa nota, o Movimento Saara Euskadi destacou que o «direito internacional é claro relativamente à situação saarauí: Marrocos não tem qualquer soberania sobre o território e deve realizar-se um referendo de autodeterminação para pôr fim a um processo de descolonização interrompido há 45 anos».

Também manifestou preocupação com a falta de acção do governo espanhol, das Nações Unidas e da União Africana; exigiu o fim da violência do Reino de Marrocos sobre activistas saarauís nos territórios ocupados; e condenou o recente reconhecimiento por parte da Casa Branca da «soberania» marroquina sobre os territórios ocupados.


Por seu lado, o delegado da Frente Polisário em Euskadi, Limam Mohamed, explicou à imprensa que o seu povo está há 29 anos à espera da realização do referendo e destacou a solidariedade que sempre receberam do povo basco.

Considerou que Donald Trump reconheceu a «soberania» de Marrocos sobre o Saara Ocidental como «jogada» no contexto da normalização das relações de Marrocos com Israel, e mostrou-se convicto de que a nova administração norte-americana «irá revogar» essa decisão, uma vez que não é lei e não foi aprovada no Congresso.

Pediu à União Europeia que leve a cabo uma «diplomacia mais activa», de modo a evitar que o Norte de África «se transforme num barril de pólvora».

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