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Espanha ignora Conselho de Direitos Humanos e mantém candidato na prisão

O Supremo Tribunal espanhol não permite a saída da prisão de Jordi Sànchez para que se deslocasse à sessão de investidura no parlamento catalão, prevista para esta sexta-feira.

Cartaz onde se lê «Liberdade aos presos políticos», com os rostos dos líderes catalães encarcerados, empunhado por um participante numa concentração no centro de Pamplona (Navarra, Espanha). 25 de Março de 2018
CréditosJesus Diges / EPA

O juiz Pablo Llarena não autorizou o pedido de deslocação, nem o de liberdade provisória ou a possibilidade de Sànchez participar por videoconferência na sua sessão de investidura ao lugar de presidente do executivo regional (Generalitat).

O candidato tinha pedido na terça-feira autorização para ser investido presencialmente, em conformidade com a resolução do Comité de Direitos Humanos das Nações Unidos (CDHNU), através da qual instou o Estado espanhol a tomar «todas as medidas necessárias para garantir que Jordi Sànchez possa exercer os seus direitos políticos».

O presidente do parlamento da Catalunha convocou para esta sexta-feira uma sessão plenária para investir como presidente da Generalitat o deputado do grupo mais votado, Junts per Catalunya, que está em prisão preventiva, e que também é apoiado pela Esquerda Republicana da Catalunha.

Trata-se da segunda vez que o nome de Sànchez é proposto, tendo a primeira tentativa de investidura sido rejeitada pelo Supremo, que recusou a sua deslocação à assembleia em 12 de Março último.

O presidente do parlamento catalão, Roger Torrent, enviou no início da semana uma carta ao Supremo em que insta o Estado a cumprir a resolução do CDHNU, considerando que a medida cautelar de prisão «não pode ser utilizada para limitar» os direitos políticos de Sànchez.


Com Agência Lusa

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