Mais de dez mil centros de ensino abriram as portas na Nicarágua esta segunda-feira, primeiro dia do novo ano lectivo e dia de festa e convívio entre crianças, pais, docentes e demais pessoal do sistema educativo.
A imprensa nicaraguense regista afirmações da vice-presidente, Rosa Murillo, a destacar mais um «ano de vitórias» no sector e dizer que «os rostos iluminados de familiares, professores e estudantes evidenciam que a Nicarágua avança na construção do futuro».
O executivo sandinista, que tem como uma das suas metas o desenvolvimento do sector, garante a continuidade de um sistema em que prevalece a gratuitidade e a qualidade do ensino – algo que voltou a ser vincado nas comemorações recentes do Dia Nacional da Educação (11 de Janeiro), nas quais se assinalou o 18.º aniversário do primeiro decreto firmado por Daniel Ortega depois do regresso ao poder, relativo à restituição do direito à educação gratuita.
Formação de docentes, alimentação escolar gratuita, entrega de manuais
Para este novo ano lectivo, o Ministério da Educação realizou várias acções, entre as quais se contam obras de melhoramentos nas infra-estruturas escolares e a formação, a nível nacional, de mais de 60 mil professores, com vista à actualização de conhecimentos científicos, pedagógicos, didácticos e tecnológicos.
Um dos aspectos destacados é o da garantia da alimentação escolar gratuita – eliminada durante os governos neoliberais dos anos 1990 –, que faz parte do Programa Integral de Nutrição Escolar e que é implementado pelo Ministério da Educação nicaraguense com o intuito de «melhorar o ensino e cultura alimentar das crianças e jovens».
Outras medidas levadas a cabo foram a entrega gratuita, em diversos departamentos, de mais de 408 mil manuais escolares a alunos do segundo, terceiro e quarto anos, bem como a atribuição de um abono às crianças do pré-escolar e dos dois primeiros anos do ensino primário.
Dia de encontros, apresentações e festa
Por todo o país, o primeiro dia de escola foi sinónimo de convívio entre alunos, pais, pessoal docente e auxiliar, com a realização de actividades culturais, danças e brincadeiras.
«Sinto-me feliz. Estou no quinto ano e os meus objectivos são melhorar a minha educação e as minhas notas, bem como o meu comportamento na sala de aula», disse Rosmara Granados, aluna do Colégio Barrilete de Colores, em Manágua, citada pela Xinhua.
Já na Escola Cristóbal Rugama, em Masaya, a encarregada de educação Yamileth Urbina declarou a El 19 Digital a sua satisfação pelo apoio do governo e disse que «estamos muito contentes pelos nossos filhos, que vão iniciar uma nova etapa».
«Temos muitos compromissos, entre eles a restauração de direitos, a educação de qualidade, a continuidade dos nossos eixos educativos, dos nossos percursos educativos», afirmou, por seu lado, Patricia Malespín, directora do Colégio Geral Augusto C. Sandino, em Manágua.
Outra directora, Anactalina Berroterán, do Núcleo Escolar 14 de Septiembre, disse à imprensa que «os professores serão sempre um pilar fundamental da educação», para destacar a importância da formação que fizeram em várias áreas, com o objectivo de «garantir uma educação de qualidade».
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