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Presidente da Bolívia repudia corrupção após detenção de ministro

Luis Arce sublinhou, esta quarta-feira, que o seu governo não irá encobrir qualquer caso de corrupção, independentemente de quem o tiver cometido.

Eduardo Del Castillo, ministro do Interior da Bolívia, durante a conferência de imprensa em que deu a conhecer a detenção, esta quarta-feira, 14 de Abril de 2021 
Créditos / @MindeGobierno

Na sua conta de Twitter, o chefe de Estado boliviano confirmou a detenção do ministro do Desenvolvimento Rural e Terras, Edwin Characayo, por cometer um acto de corrupção, e afirmou que este terá de enfrentar a Justiça.

«Cumprimos o mandato do povo. O nosso governo não encobrirá a corrupção, venha de quem vier», escreveu Arce na rede social.

A este propósito, o ministro do Interior, Eduardo Del Castillo, informou que o titular da pasta do Desenvolvimento Rural foi detido esta terça-feira, em flagrante, a receber dinheiro para favorecer pessoas num processo relacionado com terras.

«O senhor Characayo será posto à disposição da Justiça para que responda pelos factos cometidos. Este senhor foi encontrado a fazer uso do cargo que exercia para beneficiar determinadas pessoas na aquisição e no saneamento de terras», disse Del Castillo em conferência de imprensa.

Dinheiro que terá sido recebido por Characayo e que foi encontrado pelas autoridades na mochila de um cúmplice / @MindeGobierno

O ministro do Interior precisou que a detenção de Edwin Characayo ocorreu depois de ter sido filmado a receber o dinheiro «nas suas próprias mãos», em La Paz. Uma vez com o dinheiro em seu poder, o ministro colocou-o na mochila de um cúmplice, e saiu de imediato do local, refere a RT.

A Polícia interveio então e efectuou as detenções de Characayo e do cúmplice. Na apreensão e revista do material, realizadas na presença de funcionários do Ministério Público, foi então encontrado o dinheiro na mochila.

Del Castillo acrescentou que existem ainda diversos elementos de convicção, como «conversas telefónicas entre as pessoas que estariam a instigar a realização destes delitos».

De acordo com as autoridades bolivianas, Characayo terá cometido os crimes de suborno, coacção e vantagens em virtude do cargo, pelos quais será investigado.

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