|Bolívia

Bolívia destina mais verbas a Educação e Saúde no Orçamento de 2022

O governo boliviano vai destinar cerca de 6,2 mil milhões de euros aos sectores da Educação e da Saúde. A reconstrução da economia e a defesa do aparelho produtivo continuam a ser objectivos no próximo ano.

Com os governos liderados por Evo Morales e, agora, por Luis Arce, a Bolívia tem apostado na Educação; na imagem, infra-estruturas escolares inauguradas em Novembro último no muncípio de San Andrés, departamento de Beni 
Créditos / @LuchoXBolivia

O orçamento para a área da saúde regista um aumento de 3,3% relativamente a 2021, enquanto na da educação se verifica uma subida de 6,7%, informou esta segunda-feira o periódico Ahora el Pueblo.

Na véspera, o vice-ministro boliviano do Orçamento e Contabilidade Fiscal, Zenón Mamani, afirmou que o Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2022 abrange cerca de 580 entidades.

«Entre elas, contam-se municípios, governos dos departamentos, universidades públicas, entidades da Segurança Social, entidades descentralizadas, a administração pública, entre outras» que integram as instituições do sector público, explicou o funcionário governamental.

|

Progressiva «recuperação económica» da Bolívia destacada por Arce

O presidente boliviano, Luis Arce, sublinhou esta segunda-feira a progressiva recuperação económica com base no aumento da actividade no sector dos hidrocarbonetos, um dos mais importantes do país.

Luís Arce aposta na industrialização com justiça social e quer que as universidades participem no desenvolvimento do país, ao serviço dos interesses do povo 
Créditos / economy.com.bo

«O sector dos hidrocarbonetos recupera a par da reactivação económica. De Janeiro a Abril de 2021, a actividade do petróleo e gás natural cresceu 11,1%. Temos um plano para reactivar de forma integral a área dos hidrocarbonetos da Bolívia!», escreveu Arce na sua conta de Twitter.

No final da semana passada, refere a Agencia Boliviana de Información (ABI), o vice-presidente da Administração de Contratos e Fiscalização da Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), Armin Dorgathen, informou que empresa estatal está a preparar um plano para duplicar ou triplicar a produção de petróleo e substituir a importação de combustíveis líquidos.

Dorgathen, que sublinhou a importância que tem para o país não ficar dependente das importações e apostar na exploração da riqueza dos recursos nacionais, disse ainda que a YPFB, além do plano de exploração já conhecido, prevê avançar com a perfuração de três novos poços no campo Boquerón durante este ano e o próximo.

Universidades devem ser protagonistas do desenvolvimento

No âmbito das cerimónias comemorativas do 91.º aniversário da autonomia universitária – promulgada na Bolívia a 25 de Julho de 1930 –, o chefe de Estado pediu este domingo às universidades públicas que sejam protagonistas no desenvolvimento económico, produtivo e social de Bolívia, «para o se requer universitários e profissionais comprometidos com o povo e com os seus interesses», indica a ABI.

|

Petrolífera estatal boliviana vai explorar zonas estratégicas do país

A Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) anunciou um plano de exploração em três das zonas estratégicas do país, para aumentar as reservas de hidrocarbonetos e diminuir a dependência externa.

Créditos / ABI

O Subandino sul e norte, Boomerang e Madre de Dios são as zonas estratégicas do país sul-americano onde a YPFB vai levar a efeito o projecto, ao longo deste ano e do seguinte, informou este fim-de-semana um representante da empresa petrolífera estatal.

Armin Dorgathen, vice-presidente da administração de contratos e fiscalização da YPFB, sublinhou que se trata de «um plano exploratório agressivo para salvaguardar e manter as quotas de mercados na Argentina e no Brasil», informa a Agencia Boliviana de Información (ABI).

«Enquanto administração, queremos que os nossos índices de reservas sejam maiores», explicou o responsável, precisando que o Subandino se localiza nos departamentos de Tarija, Chuquisaca e Santa Cruz; o Boomerang fica em Santa Cruz e Cochabamba, enquanto o Madre de Dios se situa nos departamentos de Pando, Beni e La Paz (parte Norte).

|

Bolívia vai concluir 1800 obras que foram interrompidas pelo golpe de Estado

O presidente boliviano anunciou esta segunda-feira que o seu governo vai concluir pelo menos 1800 obras promovidas pelo ex-presidente Evo Morales e que ficaram paradas após a intentona golpista de 2019.

Luis Arce na tribuna do comício realizado pelo Movimento para o Socialismo (MAS) para celebrar a vitória nas eleições de 18 de Outubro, em El Alto, La Paz, Bolívia, a 24 de Outubro de 2020
Créditos / Twitter/Luis Arce Catacora

«Estamos a concluir o que já estava a ser construído em todo o país, mais de 1800 projectos, e depois vamos começar novas obras», afirmou Luis Arce no acto de entrega da Unidade Educativa Tomás Katari, no município de Macha (departamento de Potosí).

«Quando assumi o cargo, deparei-me com um Estado endividado, mas temos estado a trabalhar durante todo este tempo e, agora, estamos a terminar todas as obras. Por isso, o nosso lema é "obra terminada, obra 100% paga também"», afirmou, citado pela Agência Boliviana de Informação (ABI).

|

Morales regressou a Chimoré, denunciou o golpe e pediu apoio para Lucho

Cerca de um milhão de pessoas juntaram-se para receber Evo na pista de onde levantou voo, há um ano, com destino ao exílio, no México. Morales denunciou o golpe e lançou uma mensagem de unidade.

 Cerca de um milhão de pessoas deram as boas-vindas a Evo Morales, em Chimoré, local de onde partiu para o exílio há um ano; com ele, o seu ex-vice-presidente. Álvaro García Linera
Créditos / @evoespueblo

«Vem lá dura luta, temos de acompanhar e estimar o irmão Lucho [Luis Arce]», disse ontem Morales na maior das concentrações realizadas desde que regressou ao país, na segunda-feira.

Na pista do aeroporto de Chimoré, no Trópico de Cochabamba, estima-se que cerca de um milhão de pessoas, provenientes de todo o país, se juntaram para receber o ex-presidente da Bolívia. A data era simbólica, já que esta quarta-feira passava exactamente um ano desde que Morales se viu forçado a fugir para o exílio, na sequência do golpe de Estado.

Ao falar para a multidão, Evo Morales defendeu que a exploração dos recursos naturais e estratégicos é uma via legítima para recuperar a soberania e a dignidade dos povos contra a subjugação pelo imperialismo norte-americano, indica a TeleSur.

Morales afirmou que a direita não aceita que os índios tenha conseguido mudar a Bolívia, referindo que, apesar dos erros cometidos, o Movimento para o Socialismo (MAS) mostrou que governa melhor o país que os neoliberais, sem ter de seguir as habituais receitas do Fundo Monetário Internacional (FMI).

O desenvolvimento alcançado na Bolívia e a grande melhoria das condições de vida do povo boliviano com base na nacionalização dos recursos naturais, fora do modelo capitalista, é algo que o imperialismo, que os Estados Unidos não perdoaram, sublinhou o ex-presidente, que enumerou provas de que o golpe de 2019 teve motivações económicas, para atacar o modelo alternativo de desenvolvimento do país sul-americano e deitar mão aos seus recursos.

Ainda sobre o golpe de Estado de 2019, Evo Morales disse que «derrotámos a direita e vamos continuar a derrotá-la porque somos um povo unido, organizado, mobilizado, que mostrou que em pouco tempo se pode mudar a Bolívia».

«Em menos de um ano recuperámos a democracia, voltámos ao governo; isso é algo inédito, histórico, único no mundo», disse, acrescentando que a vitória de Luis Arce e do MAS nas eleições de 18 de Outubro veio confirmar que, há um ano, não houve qualquer fraude, como alegaram os golpistas.

Organizações sociais reconhecem «liderança social indiscutível de Morales»

Morales chegou à Bolívia na passada segunda-feira, atravessando a fronteira internacional entre a Argentina – país onde esteve exilado desde Dezembro do ano passado – e o seu país em La Quiaca. Em Villazón, já no lado boliviano, teve início uma caravana de três dias pelas estradas dos departamentos de Potosí, Oruro e Cochabamba, até chegar a Chimoré.


Na concentração gigante de ontem estiveram presentes o líder do Senado, Andrónico Rodríguez, Juan Carlos Huarachi, secretário-geral da Central Obrera Boliviana, o candidato presidencial equatoriano Andrés Arauz, entre outros representantes de delegações internacionais, sindicatos, organizações populares.

Estava previsto que o presidente da República, Luis Arce, estivesse presente, mas tal não foi possível. Morales disse que falou com ele duas vezes ao telefone, na madrugada e manhã de ontem, sobre a nomeação dos membros do novo governo, na sequência da vitória esmagadora do MAS nas eleições gerais.

Antes da intervenção de Morales, representantes de organizações sociais da Bolívia leram um manifesto em que reconhecem a liderança social indiscutível de Morales, a sua governação unitária e o seu êxito em fazer da Bolívia um país independente e digno, informa a Prensa Latina.

No documento, comprometem-se a defender as conquistas da revolução democrática e cultural a nível político, social, económico e cultural, procurando alcançar êxitos económicos, maior igualdade, independência nacional e identidade pluricultural.

Também pedem segurança para o ex-presidente boliviano, tendo em conta as ameaças de morte contra ele vertidas na Internet desde que regressou ao país.

Tipo de Artigo: 
Notícia
Imagem Principal: 
Mostrar / Esconder Lead: 
Mostrar
Mostrar / Esconder Imagem: 
Mostrar
Mostrar / Esconder Vídeo: 
Esconder
Mostrar / Esconder Estado do Artigo: 
Mostrar
Mostrar/ Esconder Autor: 
Esconder
Mostrar / Esconder Data de Publicação: 
Esconder
Mostrar / Esconder Data de Actualização: 
Esconder
Estilo de Artigo: 
Normal

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui

Acrescentou que o actual governo assumirá todos os compromissos realizados pelo executivo de Morales (2006-2019), uma vez que beneficiam as populações das cidades e das áreas rurais.

Na comitiva que acompanhou Arce integrava-se o ministro da Educação, Adrián Quelca, que destacou a importância da construção da infra-estrutura educativa, no âmbito da estratégia do governo boliviano que faz de 2021 «o ano da recuperação do direito à educação».

A estrutura terminada e entregue implicou um investimento de cerca de 700 mil dólares. Conta com 12 salas de aula, dois laboratórios, oficinas, sala de reuniões e um campo multifuncional, precisa a agência Prensa Latina.

Apelo à unidade contra a desestabilização

Ao participar na tradicional Festa do Tinku, no mesmo município, o presidente da Bolívia pediu ao povo que se mantenha unido face a certas tentativas de desestabilização da direita.

«Vivemos em paz e tranquilidade, queremos trabalhar, mas a direita não dorme», disse Arce, sublinhando: «Por isso, mais que nunca, unidade, irmãos, entre todos nós.»

O chefe de Estado, que participava numa festa que é património cultural da Bolívia, recordou o papel importante dos municípios do Norte de Potosí na recuperação da democracia e a sua luta contra o golpe de Estado de Novembro de 2019, informa a ABI.

«Mostraram-no várias vezes, mostraram-no no bloqueio de caminhos de Agosto do ano passado, quando, graças a essa mobilização, dissemos "não" ao "prorroguismo" do governo golpista [sobre a data das eleições] e conseguimos uma data definitiva [18 de Outubro]», destacou.

«Estamos a levar o país para a frente, temos o problema da pandemia de Covid-19, o da Educação e estamos a encarreirar a economia pouco a pouco», disse ainda o presidente acompanhado por autoridades locais.

Tipo de Artigo: 
Notícia
Imagem Principal: 
Mostrar / Esconder Lead: 
Mostrar
Mostrar / Esconder Imagem: 
Mostrar
Mostrar / Esconder Vídeo: 
Esconder
Mostrar / Esconder Estado do Artigo: 
Mostrar
Mostrar/ Esconder Autor: 
Esconder
Mostrar / Esconder Data de Publicação: 
Esconder
Mostrar / Esconder Data de Actualização: 
Esconder
Estilo de Artigo: 
Normal

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui

A YPFB espera ter, em 2025 e 2026, um maior número de reservas e que estas zonas potenciais, onde decorre o plano de exploração, dêem os resultados esperados, disse o Dorgathen.

«Este plano e os resultados positivos que gerar vão-nos permitir melhorar a balança comercial, ou seja, vender mais gás, produzir petróleo nacional e, com isso, diminuir a importação de diesel», defendeu.

De acordo com a ABI, os responsáveis da YPFB prevêem realizar a perfuração de 17 poços para encontrar hidrocarbonetos, mas esse número pode ser aumentado conforme o projecto for evoluindo.

Governo golpista deixou uma «dívida milionária»

Na sua conta de Twitter, o presidente da Bolívia, Luis Arce, denunciou este sábado que o executivo golpista liderado pela autoproclamada Jeanine Áñez deixou uma dívida enorme ao parar mais de 800 obras.

«Em 2020, o governo de facto paralisou mais de 800 obras da Unidade de Projectos Especiais do Ministério da Presidência, deixando uma dívida de 1800 milhões de pesos bolivianos» (cerca de 215 milhões de euros), escreveu Arce.

O chefe de Estado do país andino-amazónico comprometeu-se a «reverter os danos económicos causados pelo regime e reactivar todos os projectos em benefício do povo».

Tipo de Artigo: 
Notícia
Imagem Principal: 
Mostrar / Esconder Lead: 
Mostrar
Mostrar / Esconder Imagem: 
Mostrar
Mostrar / Esconder Vídeo: 
Esconder
Mostrar / Esconder Estado do Artigo: 
Mostrar
Mostrar/ Esconder Autor: 
Esconder
Mostrar / Esconder Data de Publicação: 
Esconder
Mostrar / Esconder Data de Actualização: 
Esconder
Estilo de Artigo: 
Normal

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui

«Retomámos o modelo económico, social, comunitário, produtivo e as universidades devem ser protagonistas no desenvolvimento da nossa pátria, das transformações estruturais, a nível científico e tecnológico, que nos permitam regressar à senda do crescimento económico com justiça social; industrialização com substituição de importações; industrialização de recursos naturais com soberania e dignidade», afirmou Luis Arce no seu discurso.

Reverter o mal feito pelo governo golpista

Durante os governos de Evo Morales (2006-2019), a economia do país andino-amazónico deu mostras de crescimento em várias áreas, de tal modo que a Bolívia se situava nos países da dianteira da América Latina.

Com o golpe de Estado de Novembro de 2019 e a gestão do governo golpista que se seguiu, registou-se um grande retrocesso, agravado pelo impacto da pandemia de Covid-19.

A acção do governo golpista ficou marcada pela travagem no investimento público, a privatização de sectores estratégicos, a corrupção e o roubo ao erário público, bem como o endividamento do país perante organismos financeiros internacionais, entre outros aspectos nefastos.

Com a recuperação da democracia, o governo de Luis Arce, do Movimento para o Socialismo (MAS), assumiu a tarefa de reverter esta situação e, mesmo no contexto da pandemia, em pouco mais de meio ano no poder os indicadores económicos começam a dar mostras de recuperação.

Tipo de Artigo: 
Notícia
Imagem Principal: 
Mostrar / Esconder Lead: 
Mostrar
Mostrar / Esconder Imagem: 
Mostrar
Mostrar / Esconder Vídeo: 
Esconder
Mostrar / Esconder Estado do Artigo: 
Mostrar
Mostrar/ Esconder Autor: 
Esconder
Mostrar / Esconder Data de Publicação: 
Esconder
Mostrar / Esconder Data de Actualização: 
Esconder
Estilo de Artigo: 
Normal

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui

«Há um crescimento natural para cobrir as despesas correntes», acrescentou, explicando que, no caso da Educação, há a passagem dos funcionários a novas categorias, e que o mesmo se passa na Saúde, pelo que a remuneração dos profissionais «tende a subir de forma anual».

Mamani destacou o aumento de recursos contemplado no OGE 2022, explicando que, dessa forma, o executivo quer «dar continuidade à reconstrução da economia nacional».

Outro objectivo do governo de Luis Arce é «acautelar a sustentabilidade das finanças públicas». Depois do défice fiscal de 12,2% verificado em 2020, que foi reduzido para 9,7% na actual gestão, a intenção é trazê-lo para 8% no próximo ano, disse Mamani.

O vice-ministro referiu ainda que, com o OGE 2022, se pretende também reforçar o aparelho produtivo e substituir as importações.

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui