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|Argentina

Trabalhadores do Ensino Superior na Argentina exigem aumentos salariais

Convocada pela Frente Sindical das Universidades Nacionais, a greve de 72 horas começou na segunda-feira. Os trabalhadores argentinos reclamam aumentos salariais e denunciam as políticas de Milei.

Créditos / @riccifedun

Num comunicado conjunto, divulgado na semana passada, os trabalhadores das universidades argentinas exigem «salários dignos», num contexto marcado pela crise socioeconómica e por políticas brutais de austeridade levadas a cabo pelo executivo de Javier Milei, também no sector da Educação.

Subscrito pela Federação de Docentes Universitários (Conadu), a Federação Nacional de Docentes, Investigadores e Criadores Universitários (Conadu Histórica), a Confederação de Trabalhadores da Educação (Ctera), a Federação de Docentes das Universidades (Fedun) e outras organizações, o documento conjunto acusa o governo de se recusar a negociar e sublinha a perda de poder de compra dos trabalhadores, num contexto de inflação disparada.

No âmbito das jornadas de luta, convocadas para 12, 13 e 14 de Agosto e para os próximos dias 20 e 21, as estruturas sindicais que integram a frente estão a promover a paralisação das actividades com elevada adesão, bem como iniciativas para dar visibilidade à situação em que se encontra o sector.

Para esta quarta-feira, às 11h (15h em Portugal continental e Madeira), foi agendada uma jornada nacional de luta em Buenos Aires, na Praça do Congresso, sob o lema «Sem salários dignos não há universidade pública de qualidade».

Dirigentes sindicais alertam para situação de docentes e não docentes

Em declarações ao Página 12, Stella Mimessi, secretária-geral da Associação do Pessoal da Universidade Nacional de Salta (UNSa), destacou a «complexidade» da situação que os trabalhadores não docentes vivem, uma vez que não têm aumentos salariais que façam frente ao contexto inflacionário do país.

Outro elemento que sublinhou foi o da falta de negociação. A Federação Argentina dos Trabalhadores das Universidades Nacionais (Fatun), que representa os trabalhadores não docentes, «tem tentado de diversas formas iniciar ou pelo menos ter um diálogo com a Secretaria de Educação, que nunca foi possível concretizar», disse.

Os encontros realizados serviram apenas para que o governo informasse os sindicatos das suas decisões, que, mesmo sendo rejeitadas pela frente sindical, são aprovadas por decreto, explicou.

«Hoje, os trabalhadores perderam mais de 60% do poder de compra», afirmou Mimessi, alertando que «o futuro do Ensino Superior está a ser posto em causa» por um governo «de tipo anarco-liberal», a que não interessa de todo manter o público.

Também no âmbito da greve de três dias que os trabalhadores das universidades estão a fazer, Diego Maita, professor de História e secretário-geral da Associação de Docentes e Investigadores da UNSa, observou que a situação «é muito grave do ponto de vista salarial, com tudo o que isso implica».

«Nós estamos a reivindicar hoje um aumento de 50%», disse, esclarecendo que a inflação ultrapassa em muito esse montante no seu salário.

O dirigente sindical na UNSa referiu ainda que, na província de Salta (Noroeste da Argentina), há outros sectores em crise e que, mesmo não auferindo «bons salários», estão em melhor situação que os docentes do Ensino Superior.

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