O anúncio foi feito este sábado, numa conferência de imprensa subsequente a uma reunião que teve lugar na Universidade do Panamá, na qual participaram membros da Aliança Povo Unido pela Vida e dirigentes de vários sindicatos como a Associação de Professores do Panamá e o Sindicato Único Nacional dos Trabalhadores da Indústria da Construção e Similares (Suntracs).
Também no âmbito das acções de contestação à aprovação esta semana, pela Assembleia Nacional, do projecto de Lei 163, os participantes no encontro anunciaram a realização de várias mobilizações nos próximos dias, uma das quais terá lugar esta terça-feira na capital, com destino à sede do poder legislativo.
A partir desse dia, serão realizadas outras marchas e concentrações em diversas províncias do país centro-americano, como Darién, Chiriquí e Bocas del Toro, refere o portal La Estrella de Panamá.
O secretário-geral do Suntracs, Saúl Méndez, disse que os trabalhadores saberão derrotar esta norma nas ruas, bem como a pretensão do governo de abrir a mina de cobre em Donoso (Colón), mesmo depois de o Supremo Tribunal de Justiça ter decretado o seu encerramento, no final de 2023.
Agora cabe ao povo «falar» e «derrotar o projecto de Lei 163», defendeu Méndez, que tem denunciado repetidamente a iniciativa que o executivo panamenho dinamiza como uma forma de entregar os fundos da Caixa de Seguro Social (CSS) aos bancos e às administradoras de pensões.
«Não deixaremos que a Lei 163 roube o dinheiro dos nossos segurados e o entregue a bancos e empresas privadas, nem permitiremos a privatização da CSS através do sistema de contas individuais», disse Méndez.
O dirigente sindical questionou ainda a forma ditatorial de governar do presidente da República, José Raúl Mulino, e, segundo refere a Prensa Latina, apontou a compra de aviões de combate através de um procedimento excepcional para o Serviço Aeronaval Nacional, por um valor superior a 187 milhões de dólares, «quando existem outras necessidades, mais importantes, a satisfazer no país, como a educação e a saúde».
Por seu lado, os docentes afirmaram que não se deixam intimidar por quaisquer ameaças de descontos ou despedimentos, por parte da ministra da Educação, Lucy Molinar.
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