A ministra do governo do PSD e do CDS-PP assumiu na Comissão de Orçamento e Finanças que, ao contrário do que anunciou em Agosto de 2014, a forma como geriu a falência do BES vai custar muitos milhões ao Estado.
Maria Luís Albuquerque reconheceu que os bancos não tinham condições para pagar o empréstimo concedido pelo Estado, no valor de 3,9 mil milhões de euros, ao Fundo de Resolução no prazo previsto. Ainda assim tentou justificar as afirmações de há três anos, considerando que, dada a injecção de 4,9 mil milhões na criação do Novo Banco, «temos que supor que o banco tinha valor».
A actual deputada e vice-presidente do PSD lamenta que o banco não tenha sido vendido em 2015, empurrando a responsabilidade da decisão de não vender para o Banco de Portugal. Uma afirmação que parece corroborar a confissão de Assunção Cristas, então também ministra, que o executivo não tratava matérias relacionadas com o sistema financeiro.
Ao entrar no segundo tema da audição, a ocultação das estatísticas referentes às transferências financeiras para paraísos fiscais, Maria Luís Albuquerque afirmou não conhecer o despacho que estabelecia a divulgação dos dados.
Resumindo, classificou a decisão tomada pelo seu secretário de Estado, Paulo Núncia (CDS), como uma «má decisão política» e sublinhou que foi tomada sem o seu conhecimento.
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