Ricardo Mourinho Félix comentava aos jornalistas a análise da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) da Assembleia da República ao Orçamento do Estado para 2018, à margem de uma conferência da Associação de Instituições de Crédito Especializado (ASFAC).
A UTAO refere que a Comissão Europeia pode considerar «insuficientes» as medidas que constam da proposta do Governo e que podem surgir pedidos de «medidas adicionais» por parte de Bruxelas.
Já o governante confirmou que o Executivo está a trabalhar de acordo com os pressupostos que as regras orçamentais europeias impõem, afirmando assim que não está «particularmente preocupado», mas «convencido» de que Portugal «tem todas as condições para cumprir o que lhe é exigido».
O cumprimento das metas europeias deverá traduzir-se em 2018 num excedente primário de cerca de 5 mil milhões de anos. Ou seja, é este o valor que vai ser canalizado directamente para o pagamento de juros e o abatimento da dívida pública, quando esta está perto dos 250 mil milhões de euros.
O saldo orçamental primário imposto pela Comissão Europeia representa mais de 12 vezes o envelope financeiro associado às medidas anunciadas este fim-de-semana pelo Governo para a floresta e o combate aos fogos florestais.
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