Jerónimo de Sousa lembrou os «condicionamentos de décadas de política de direita e da integração capitalista europeia» e sublinhou que, para o PCP, é indespensável a ruptura com esse passado. Os dados da economia mostram que assim é, afirmou, elencando os indicadores positivos (crescimento, emprego, balança comercial) que são a «confirmação» de que o rumo de reposição de direitos e rendimentos é para «aprofundar».
Para os comunistas, aprofundar o rumo passa pelo corte com as últimas duas décadas, «coincidentes com o período de preparação e adesão ao euro», marcadas pela estagnação ou recessão económica, com apenas curtos períodos a fugir à regra.
Mas alertam também para uma execução orçamental de 2016 que «contraria ou distorce» elementos positivos ou para medidas do Orçamento do Estado para 2017 que continuam por concretizar. O País não pode estar sujeito às «imposições europeias» em matéria orçamental, que impedem que se vá mais longe, afirmou o secretário-geral comunista, que sinalizou ainda a «convergência» do PS com o PSD e o CDS-PP em matérias como a legislação laboral.
Jerónimo de Sousa afirmou ainda que «a importante dinâmica de luta de massas atingida nos últimos meses» é «condição indespensável» para o aprofundamento da defesa, da reposição e da conquista de direitos.
Sobre os incêndios que assolaram o Centro do País na última semana, o secretário-geral do PCP reafirmou que o diagnóstico dos problemas da floresta está feito há anos, o que falta é concretizar as medidas que estão há muito identificadas.
Questionado sobre a comissão independente que o PSD propôs e que recolheu simpatias junto do PS e do BE, voltou a questionar o critério de formar um órgão «livre e independente do poder político, sem me dizerem se é livre do poder económico».
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