A campanha da Plataforma para a Defesa do Serviço Público Ferroviário, que arrancou a 20 de Setembro e terminará a 3 de Outubro, está a percorrer o País com diversas acções de sensibilização em defesa do sector. Hoje foi a vez de Coimbra, onde se realizou uma tribuna pública junto à estação de comboios.
As cidades de Porto e Aveiro foram palco de acções na semana passada, onde foram distribuídos documentos com um apanhado da história de como se chegou a esta situação e que medidas devem ser tomadas para invertê-la.
No total, a plataforma engloba 13 estruturas sindicais, a Comissão Central dos Reformados Ferroviários, várias comissões de trabalhadores e oito organizações representativas dos utentes de regiões do País.
O ciclo de acções pelo País termina a 3 de Outubro com uma manifestação nacional de organizações de trabalhadores, reformados e utentes, em Lisboa, até à residência oficial do primeiro-ministro, António Costa.
Até lá, estão marcadas acções para o dia 26, em Caldas da Rainha e Faro, com distribuições e tribunas públicas pela manhã e ao fim da tarde, além de outras, ainda por anunciar, para os dias 28 deste mês e 2 de Outubro (Alentejo, Setúbal e Entroncamento).
«Basta de promessas eternamente adiadas! São urgentes medidas concretas de investimento na ferrovia com vista a modernizar as infraestruturas e o material circulante de todos os serviços, condição imprescindível para dotar o País de um transporte ferroviário moderno e desenvolvido», lê-se num comunicado.
O que fazer?
Entre as medidas, a plataforma defende a admissão de mais trabalhadores para todas as empresas, sobretudo para a EMEF, de forma a acabar com os comboios parados por falta de manutenção ou para servirem de «armazém de peças», passando a adquirir antecipadamente as peças necessárias.
É reivindicado ainda a recolocação de todo o sistema ferroviário debaixo de um comando único, para «aprofundar a componente social» e pôr «em primeiro lugar os ganhos para o País e o serviço prestado aos cidadãos».
Outras propostas passam por um plano nacional de transportes, com «horários que respondam às necessidades das populações», operados de forma articulada e com preços acessíveis. Tal permite «levar o transporte público a todo o País, combatendo desta forma as assimetrias territoriais e invertendo o paradigma de utilização do transporte individual em detrimento do transporte público colectivo».
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