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União de Resistentes Antifascistas alerta para a ameaça da extrema-direita

Atenta ao calendário eleitoral deste ano, a União de Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP) chama a atenção para «manobras antidemocráticas que urge impedir». 

Fortaleza de Peniche
CréditosMário Caldeira / Agência Lusa

Num comunicado enviado às redacções, a URAP reconhece que, apesar de até agora ter passado «à margem dessas inquietações», Portugal «começa a ser afectado por um fenómeno que, em fase embrionária, experimenta a criação de uma fase de agitação social cujo carácter forçado se afigura manifesto». 

O alerta, que já foi enviado para entidades como o ministro da Administração Interna e a procuradora-geral da República, surge perante a manifestação anunciada pelo movimento do neo-nazi Mário Machado para 1 de Fevereiro, que a URAP define como «saudosistas do regime finado em Abril de 1974».

A associação admite que o calendário eleitoral deste ano, que se inicia em Maio com as eleições para o Parlamento Europeu, «é motivo de particulares movimentações políticas [...] com inevitáveis reflexos na nossa política interna», e que o poder do Estado de direito democrático tem que ser afirmado, em conformidade com o que prevê a Constituição da República. 

A URAP foi fundada a 30 de Abril de 1976 pelos antifascistas que durante a ditadura de Salazar criaram a Comissão de Socorro aos Presos Políticos. 

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