Depois de audiências com Marcelo Rebelo de Sousa

Partidos não alimentam especulações

No final das suas audiências com o Presidente da República, os partidos que suportam a actual maioria parlamentar disseram esperar um Orçamento para 2017 que mantenha recuperação de direitos e rendimentos.

Os encontros realizaram-se a pedido de Marcelo Rebelo de Sousa
Créditos / Presidência da República

O Presidente da República recebeu, hoje, os partidos com representação parlamentar, no Palácio de Belém. As audiências foram pedidas por Marcelo Rebelo de Sousa num momento em que se multiplicam as especulações sobre a solução política actual e numa fase em que se inicia a preparação do Orçamento do Estado (OE) para 2017.

Os partidos que, com o PS, subscreveram as posições conjuntas que suportam o actual Governo assinalaram a vontade de examinar e trabalhar no OE para 2017. PEV, PCP e BE assumem-se disponíveis para prosseguir o caminho de recuperação de direitos e rendimentos. Os partidos recusaram alimentar a linha de especulação sobre uma eventual instabilidade política, sublinhando que os contactos com o Governo prosseguem.

A procura de uma crise política ou de atritos foi afastada pelos dirigentes que falaram à saída do Palácio de Belém. A teoria de Passos Coelho – «vem aí o diabo» –, reproduzida por sectores de direita e, ontem, por Marques Mendes, no seu comentário semanal na SIC, fica, assim, comprometida.

Com estas audiências, Marcelo poderá ter procurado tomar o pulso à actual solução política, com os dirigentes partidários a reafirmarem a sua disponibilidade para prosseguir o rumo político definido nos diversos acordos que sustentam o Governo, ainda que alertando para as limitações e dificuldades que poderão resultar do actual contexto europeu.

Por seu lado, os partidos da anterior maioria governamental também não se quiseram envolver directamente em especulações quanto à estabilidade da actual solução política, independentemente das críticas que direccionaram para o governo do PS.

As audiências vão prosseguir nos próximos dias, com o Presidente da República a receber a CGTP-IN, as associações patronais da indústria, comércio, turismo e agricultura.

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