O segundo período de greve na Petrogal (Galp Energia), que detém as refinarias de Sines e Leça de Pameira, foi retomado hoje às 6h em ambos os complexos, bem como nas instalações em Lisboa, dando continuidade aos protestos realizados na semana prévia ao Natal.
A paralisação foi convocada pelo Sindicato da Indústria e Comércio Petrolífero (SICOP) e pela Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal/CGTP-IN).
José Martins, dirigente sindical afecto à Fiequimetal, afirmou ao AbrilAbril que a adesão à greve ronda os 80% nas instalações em Matosinhos, havendo casos onde esta sobe até aos 100%, nomeadamente nas secções dos camiões de cisterna e das descargas dos navios petroleiros. Em Sines, a adesão encontra-se nos 70%, havendo também serviços com paragens totais.
Os trabalhadores denunciam ainda que, apesar de a Petrogal/Galp obter lucros elevados, como 602 milhões de euros em 2017, o grupo insiste em dificuldades económicas para fundamentar o pedido de caducidade, o que é considerado como um ataque ao acordo de empresa e aos seus direitos.
Nesse sentido, a greve tem como objectivo exigir que a administração pare a ofensiva contra a contratação colectiva e os direitos sociais, a melhoria dos salários e maior distribuição da riqueza produzida, bem como contra a eliminação de direitos específicos dos trabalhadores de turnos.
Outras reivindicações passam pelo fim da desregulação e do aumento dos horários, incluindo o famigerado «banco de horas», que põe trabalhadores a «trabalhar mais por menos salário», e a defesa dos regimes de reformas, de saúde e outros benefícios sociais.
A greve na Petrogal irá continuar até às 6h do dia 13 de Janeiro, no caso das instalações no Porto, sendo que em Sines está previsto o fim para a meia-noite do dia 14. Em Lisboa, a greve é das 14 às 18h, até esta sexta-feira.
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